Na manhã desta quinta-feira (11), um homem de 29 anos, apontado pela polícia como autor de crimes de furtos que vêm ocorrendo no comércio cachoeirense foi detido e liberado logo em seguida. A ação aconteceu após ele ser identificado e localizado pela Polícia Civil (PC) de Cachoeiro, por meio do Departamento Especializado em Investigações Criminais (DEIC), em continuidade à ?Operação Salvo-Conduto?.
Segundo a PC, o homem foi surpreendido pelos investigadores em uma ?Boca de Fumo?, localizada no bairro Ilha da Luz. Após ser detido, o suspeito foi conduzido à sede do DEIC, onde, ele teria assumido a autoria de ao menos quatro crimes de furto, sempre realizados em período noturno e mediante arrombamento e/ou escalada.
Ainda de acordo com a PC, o detido é investigado por envolvimento em mais de uma dezena de crimes, sendo que parte do material subtraído já foi recuperado pelos investigadores, como aparelhos celulares. Os Investigadores apuraram que o criminoso possui ao menos um comparsa, ainda não identificado.
Segundo o delegado Rafael Amaral, apesar da confirmação de autoria, por robustas e contundentes provas, o homem teve suas declarações colhidas e em seguida liberado por não estar em estado flagrancial, já que os crimes até aqui investigados ocorreram em datas diversas, sendo os dois últimos ao Supermercado Jucy e a um Posto de Combustíveis, ocorridos há uma semana.
Contra ele será representado pela prisão preventiva, visto que, ao que tudo indica à Polícia, tais crimes não cessarão, por se tratar de criminoso contumaz, que, inclusive, já foi preso em flagrante, há algumas semanas, mas passou apenas uma noite atrás das grades e foi liberado na chamada ?audiência de custódia?.
?Operação Salvo-Conduto?
Diante da revolução do setor comercial na Europa, durante a Idade Média, iniciada no século XI, foram implementadas algumas ações que visavam dar maior segurança aos ?mercatores? (comerciantes), o que motivou os ?Senhores? da época a criarem o ?Salvo-Conduto?, que nada mais era do que conceder a ?paz do mercado" ou "paz da feira", coibindo crimes e transgressões das mais diversas. Tal política foi habilmente seguida pelos condes de Champanhe, que também se serviram do ?salvo-conduto? e dos guardas das feiras para garantir o sucesso e o bom funcionamento das mesmas.