Mais de 700 PMs poderão ser expulsos

A afirmação é do comandante geral da PM. Segundo ele, 703 policiais foram indiciados por revolta, pena de 8 a 20 anos e que podem gerar expulsão, caso condenados

10/02/2017 00:00
Mais de 700 PMs poderão ser expulsos

Foto Divulgação

 

Redação

O comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, Nylton Rodrigues Filho, informou nessa manhã em coletiva com a imprensa em Vitória, que 703 policiais militares foram indiciados por crime de revolta, com pena de oito a 20 anos de prisão.

Segundo o comandante, esses indiciamentos poderão resultar em expulsão da corporação, uma vez que pelas regras militares PMs condenados a penas de mais de dois anos resultam em expulsão automática.

Esse número de 703 PMs é apenas a primeira leva, segundo informou o secretário estadual de Segurança Pública, André Garcia, que participou da coletiva. Outros policiais serão identificados e também poderão ser indiciados.

O secretário informou ainda que a maioria dos 703 policiais indiciados é formada por 'praças', sem patentes. Ele ressaltou que levantamentos do serviço de inteligência da PM apontam que o movimento se caracteriza pela participação principalmente de policiais mais novos.

As investigações terão prazo de duração de 30 dias, prorrogável por mais 30. Após a conclusão, será encaminhado ao Ministério Público Militar, que poderá oferecer denúncia ou não. 

O próximo passo do governo do Estado é realizar corte de ponto desde o sábado passado e suspensão de férias. 

O movimento é interpretado pelo Estado como revolta, uma vez que o aquartelamento acontece com os policiais portando arma dentro dos batalhões; motim seria se os militares não estivessem com arma.

Os representantes do governo alertaram ainda que "quanto mais o tempo passa, mais o cerco se aperta" em desfavor dos policiais militares.

Durante a coletiva, o comandante fez um apelo principalmente aos policiais mais antigos: ?Coloca juízo na cabeça do policial mais novo. Pense na sua família, pense na idade que você tem, na dificuldade que terá para se reinserir no mercado de trabalho?, ressaltou.