Cresce o número de homicídios durante carnaval no ES
A Secretaria de Segurança do Estado (Sesp) divulgou os números da violência durante o carnaval. Os dados também foram checados pelo Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, que encontrou diferença no número de homicídios durante o período de festa.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), 27 assassinatos foram registrados no Espírito Santo durante os dias de carnaval. Em 2016, foram 17 mortes. O Sindicato dos Policiais Civis (Sindipol/ES) também checou os números e constatou um número maior esse ano. Segundo o levantamento do Sindipol/ES, foram 29 homicídios.
Se comparado ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Sesp, o aumento foi de 58,8 %. Já para o Sindipol/ES o aumento chegou a 70%.
A Secretaria de Segurança não contabiliza os homicídios registrados na sexta-feira. Se for contabilizar, o número sobe para 33 mortes. 15 no interior e 18 na Grande Vitória.
CARNAVAL 2017 - NÚMERO DE HOMICÍDIOS
DIA 24: 4
DIA 25: 4
DIA 26: 7
DIA 27: 12
DIA 28: 6
TOTAL: 33
NÚMERO DE MORTES PODE SER AINDA MAIOR
Para o Sindipol/ES, se forem contabilizadas as vítimas de bala perdida ou as pessoas que morreram em hospitais do estado, o número aumenta ainda mais.
"O patrulhamento ostensivo só voltou a ser realizado no sábado (25) e sabemos que sem a PM o número aumenta significativamente. Além disso, ainda existem as pessoas que morrem nos hospitais após serem baleadas e as vítimas de bala perdida. Esses óbitos não são contabilizados como homicídios o que aumentaria consideravelmente esse número", disse, Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol/ES.
Antes mesmo do carnaval, 29 municípios capixabas cancelaram as festividades por falta de segurança causada pela crise na segurança pública estadual.
Número de homicídios no mês de fevereiro cresce 87%
Em todo mês de fevereiro do ano passado foram registrados 122 homicídios. Neste ano, o número chegou a 229 com um aumento de aproximadamente 87%.
Durante o carnaval, os crimes contra o patrimônio, como furtos e roubos, também aumentaram 19% em relação a 2016 de acordo com reportagem publicada pelo G1.
"Esse alto índice de assassinatos e crimes patrimoniais é resultado dessa política que não investe nas polícias e não valoriza os policiais, que precariza a segurança pública capixaba. É cada vez mais difícil a situação do policial capixaba, civil ou militar", finalizou Jorge Emílio.