Corpos de 14 pessoas serão enterrados como indigentes - Jornal Fato
Polícia

Corpos de 14 pessoas serão enterrados como indigentes

A informação é do superintendente de Polícia Técnica, Danilo Bahiense


O processo de identificação dos corpos necessita de prova técnica para evitar confusões futuras (Foto: Alessandro de Paula)

 

Redação

 

Os corpos de 14 pessoas estão ocupando as geladeiras do Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim e deverão ser enterrados como indigentes, caso a família não apareça para fazer a identificação das vítimas. A informação é do superintendente de Polícia Técnica, Danilo Bahiense.

 

"Solicitamos autorização à Justiça e estamos aguardando a decisão para que isso ocorra", ressaltou. Segundo ele, o processo não é simples, pois é preciso enviar ofício ao juiz responsável pela comarca onde ocorreu a morte.

 

Para otimizar o espaço, os funcionários do SML mantêm dois corpos em cada gaveta. Portanto, os 14 cadáveres ocupam sete gavetas de um total de 18 existentes no prédio do órgão em Cachoeiro.

 

De acordo com Bahiense, o processo de identificação necessita de prova técnica para evitar confusões futuras.

 

Primeiro, o familiar faz o reconhecimento visual do corpo. Em seguida, é realizado o confronto das impressões digitais.

 

Caso seja necessário, o cadáver é analisado pelo setor de antropologia técnica, para avaliação de arcada dentária, prótese e fraturas. Por fim, é encaminhado ao exame de DNA.

 

Bahiense lembrou que anteriormente bastava o reconhecimento visual da vítima. No entanto, ocorreram enganos de familiares.

 

O superintendente lembrou de uma situação ocorrida em Vitória em que o cadáver foi liberado, após ser reconhecido por um parente, mas quando a família velava o corpo, o suposto morto entrou no velório.

 

Ele explicou que mesmo no caso do familiar não ter um documento da vítima é possível realizar o confronto das impressões digitais, uma vez que a Superintendência de Polícia Técnica possui banco de dados com mais de 4 milhões de impressões.

 

O corpo do adolescente Lucas Caetano, 12 anos, afogado em Marataízes, não está incluído entre aqueles que correm risco de serem enterrados como indigentes.

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