Caso Juliana: Polícia Civil conclui o inquérito

Mas nada impactou tanto os policiais que atenderam a ocorrência e os familiares quanto o pedido de socorro do filho de Juliana, de 5 anos, que presenciou todo o crime. Através de uma mensagem de áudio, a criança pede soc

17/01/2022 11:08
Caso Juliana: Polícia Civil conclui o inquérito

A Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim conclui nesta segunda-feira (17), o inquérito sobre o feminicídio que vitimou Juliana Alacrino Machado Rocha, de 37 anos. Ela é a primeira vítima de feminicídio de 2022, morta com uma facada na clavícula e outra na testa, no último sábado (08) em sua residência no Bairro Guandu. Todos os detalhes do crime são chocantes, tanto que o assassino foi indiciado por feminicídio e homicídio por motivo torpe. 

Mas nada impactou tanto os policiais que atenderam a ocorrência e os familiares quanto o pedido de socorro do filho de Juliana, de 5 anos, que presenciou todo o crime. Através de uma mensagem de áudio, a criança pede socorro ao pai, e ficou o tempo todo ao lado da mãe até a chegada do Samu 192. "É algo que impactou todos nós", revelou o delegado Dr. Felipe Vivas, ao FATO. 

O assassino, seu ex-namorado de 27 anos, tentou ainda pular do prédio onde estavam, se machucou e ficou internado na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro até ser transferido para o CDP da cidade e está à disposição da Justiça. Ao delegado de plantão, Dr. Thiago Melo ele se limitou a dizer que havia tido uma crise de ciúmes e cometido o crime. Não deu mais detalhes, se mantendo no direito de ficar em silencio. 

"Ele disse que teria perdido a cabeça e no surto de raiva cometeu o crime". disse o delegado. Porém ao longo da entrevista preferiu se manter em silêncio. Ele já foi indiciado por feminicídio e homicídio qualificado.

De acordo ainda com o Titular da DHPP, Dr. Felipe Vivas, o suspeito recebeu alta da Santa Casa e está preso no Centro de Detentão Provisória de Cachoeiro. Ele não prestou depoimento, mantendo-se em silêncio o tempo todo. O inquérito será remetido ao Fórum de Cachoeiro para seguir os trâmites processuais da Justiça. 

A vítima foi brutalmente morta a facadas e todo o apartamento onde estava o casal ficou manchado de sangue. O filho de Juliana de aproximadamente 6 anos viu toda a cena. O SAMU 192 chegou a ser acionado mas a mulher não resistiu aos ferimentos. A Equipe tentou reanimá-la no hospital, sem sucesso.

De acordo com um familiar de Juliana, em entrevista exclusiva ao FATO, ela era independente e fez tudo que pode para ajudar o seu assassino, enquanto eram namorados. Havia inclusive uma medida protetiva que foi desobedecida pelo ex-namorado que vivia atrás da funcionária do Hospital Infantil, inclusive no loca e horário de trabalho.