Cachoeiro não registra homicídios durante a ?greve? da Polícia Militar - Jornal Fato
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Cachoeiro não registra homicídios durante a ?greve? da Polícia Militar

Por outro lado, mais de 50 lojas foram saqueadas, um prejuízo de R$ 25 milhões


Durante o período de paralisação dos PMs, o comércio do município foi alvo de criminosos (Foto: Divulgação)

 

Redação

 

Apesar da onda de violência ocasionada pela paralisação dos policiais militares, Cachoeiro de Itapemirim não registrou nenhum assassinato nos 10 dias do movimento. Em todo o Estado foram 144 mortes, segundo dados do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol).

 

Ainda, segundo o Sindipol, a maioria das mortes ocorreu na Grande Vitória. No Sul do estado foram registradas sete mortes em cinco municípios. Rio Novo do Sul, Presidente Kennedy, Anchieta e Itapemirim tiveram um assassinato cada. Já em Ibatiba foram registradas três mortes. O último crime foi no domingo, quando Josué Ferreira Nascimento, 34 anos, foi assassinado a golpes de pedra.

 

De acordo com o delegado de Crimes contra a Vida de Cachoeiro, Guilherme Eugênio Rodrigues, o começo de 2017 está menos violento do que em 2016 em relação a assassinatos.

 

Segundo ele, desde o início do ano até ontem foram duas mortes. Já no ano passado, no mesmo período, foram quatro assassinatos.

 

Se em número de assassinatos houve queda em Cachoeiro, não se pode dizer o mesmo com relação aos roubos. Durante o período de paralisação dos PMs, o comércio do município foi alvo de criminosos. Mais de 50 lojas foram saqueadas, um prejuízo de R$ 25 milhões, segundo a Associação Comercial, Industrial e de Serviços (Acisci).

 

Com relação aos assassinatos no Estado, o presidente do Sindipol, Jorge Emílio Leal, informou que os levantamentos foram realizados junto às unidades do Instituto Médico Legal (IML), Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e ao Ciodes.

 

"Realizamos esse levantamento em função de nossa responsabilidade com a sociedade. Nossos familiares também ficaram presos em casa e nossos policiais sofreram com sobrecarga de trabalho. Isso tudo, pela falta de uma política governamental de investimento na segurança, que acabou resultando nesse movimento dos familiares dos PMs", criticou Leal.

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