Keila Ramos Machado, de 36 anos, foi morta a tiros pelo marido, por volta das 18h20 dessa sexta-feira (2), na rua Fotógrafo Guilherme, no bairro Coramara, em Cachoeiro de Itapemirim, próximo ao UPA. O homem, após atirar na esposa, disparou contra o próprio peito. Ele sobreviveu.

De acordo com a Polícia Militar, Keila chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada para a Santa Casa, mas ela não resistiu e veio a óbito logo após dar entrada.

O marido estava caído perto da vítima com um tiro no peito. Ele também foi levado ao hospital e foi interrogado pelos policiais militares. Ele alegou que atirou contra Keila porque ela "o estava perturbando" e afirmou que tentou tirar a própria vida após cometer o crime.

Segundo uma testemunha, vizinha do casal, foi possível ouvir três disparos seguidos, que depois de uma pausa, escutou mais um. Correu para ver o que havia acontecido e viu os dois caídos na calçada.

Ela ainda disse que Keila e o companheiro estavam brigando desde cedo, mas não ligou para a polícia porque as discussões eram freqüentes e normais.

Militares encontraram a arma usada no crime, uma Taurus calibre 32, que estava com uma cápsula deflagrada e três munições picotadas. No local do delito, os policiais encontraram cinco cápsulas e um projétil.

Dentro do veículo do atirador, um Fiat Strada branco, foi encontrado outro revólver, da marca Tejano, calibre 32, com quatro munições intactas. Já dentro da residência do casal, a PM localizou uma espingarda da marca Rossi, calibre 5.5mm de chumbo, e motor de uma motocicleta roubada.

Todo o material apreendido foi entregue na 7ª Delegacia Regional.

O acusado está internado na Santa Casa sob escolta policial. A informação, até este momento, é que ele está em estado grave.

Segundo a Polícia Civil, "o suspeito de 36 anos foi autuado, em flagrante, por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio. Assim que receber alta médica ele será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim (CDP). O procedimento será encaminhado à Justiça com o pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva".