Após divulgação de laudo, delegado fala sobre caso de bebê em Marataízes

O laudo pericial apontou como causa da morte a asfixia.

27/02/2024 20:28
Após divulgação de laudo, delegado fala sobre caso de bebê em Marataízes /Foto: Ilustrativa.

Caminha para o fim o inquérito instaurado para investigar a causa da morte do bebê Theo, de apenas um mês, ocorrida na manhã do último dia 19, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Marataízes.

Segundo informações da Polícia Civil, durante as investigações, os pais da criança foram ouvidos, bem como a proprietária do imóvel onde o casal dormiu e, concluído o laudo cadavérico, não foram encontradas evidências de que o bebê tenha sido agredido ou alvo de qualquer tipo de violência.

O laudo pericial apontou como causa da morte a asfixia, reforçando o que foi registrado no atestado de óbito do bebê

De acordo com o laudo pericial, assinado por um médico legista, foi evidenciado a ?presença de líquido esbranquiçado, semelhante ao leite materno em moderada quantidade em luz traqueal?. Também foi observado no pulmão direito a presença de ?moderada quantidade de material brancacento leitoso (pneumonia?/leite?)? em seus alvéolos.

O laudo pericial também destacou que não foram evidenciadas lesões de natureza traumática aguda no bebê.

Após a divulgação do laudo pericial e diante das evidências, o delegado Edson Lopes Júnior, titular da DP de Marataízes, comentou sobre o caso.

"A polícia praticamente descarta a prática de crime doloso, seguindo a tese de que, por infelicidade, um dos pais tenha dormido por cima da criança ou que o bebê tenha se sufocado com o leite. Para a finalização definitiva das investigações, aguardamos a remessa do resultado laboratorial", disse.

 

Entenda o caso

Segundo informações da Polícia Militar (PM), por volta das 11h do dia 19 de fevereiro, a criança deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, levada pelos pais, apresentando sangramento nasal, bucal e cianose nas extremidades (é aquela em que é possível ver a ponta dos dedos das mãos e dos pés mais azuladas). Apesar dos esforços em manter a criança respirando, o óbito foi atestado por volta das 11h45.

Diante da situação, os pais foram conduzidos pela Polícia Militar à Delegacia Regional de Itapemirim para prestarem esclarecimentos. Eles foram liberados logo em seguida.

Um amigo da família contou que todos ficaram abalados com o ocorrido. Muitos rumores sobre possíveis causas da morte do bebê se espalharam pela internet, causando transtornos. A família do bebê passou a receber ameaças por meio das redes sociais.

 

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