Acidentes custaram R$ 426 milhões - Jornal Fato
Polícia

Acidentes custaram R$ 426 milhões

Polícia Rodoviária Federal divulga relatório sobre custos sociais dos acidentes de trânsito no Espírito Santo


Foto: Divulgação

O custo social dos acidentes de trânsito nas rodovias federais que cortam o Espírito Santo registrados ao longo de 2017 foi de R$ 426 milhões. A conclusão é de estudo divulgado nesta terça-feira (23_ pela Polícia Rodoviária Federal. Apesar do alto valor, o índice diminuiu 12% em relação ao ano anterior e mantém tendência de queda identificada pela PRF desde 2014.

 

A relação traz também o custo dos acidentes por município. Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, foi de R$ 7,8 milhões no ano passado, 1,84% do total (ver no quadro).

 

Os números são resultados de relatório detalhado dos acidentes registrados pela PRF no ES, tendo como base os valores referências apurados no último levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2014, atualizados monetariamente pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

A tendência de queda, na avaliação da polícia, reflete a intensificação nas atividades de policiamento e fiscalização desenvolvidas pela PRF e nos investimentos realizados pelos órgãos executivos (DNIT, ANTT/ECO), "mas, mesmo com o esforço desenvolvido, os custos superaram R$ 426 milhões em 2017, demonstrando que, além dos traumas causados às vítimas e aos seus familiares, os acidentes de trânsito representam altos custos monetários para a sociedade", avalia o documento assinado pelo superintendente regional do Espírito Santo, Wylis Antonio Lyra.

 

Os custos dos acidentes nas rodovias federais do ES foram estimados com base na metodologia de pesquisa aplicada pelo Ipea e Denatran, considerando os acidentes registrados pela PRF/ES e sobre os valores médios dos componentes dos custos de acidentes, envolvendo custos associados a pessoas, a veículos e a custos institucionais e danos patrimoniais.

 

Em 2017 foram registrados nas rodovias federais do ES 2.986 acidentes, sendo 890 considerados graves. Os acidentes vitimaram 201 pessoas e deixaram 3.401 feridos. O ano foi considerado atípico em relação ao número de mortos em acidentes únicos, já que as rodovias federais do ES vivenciaram três acidentes de grande repercussão nacional e mundial, nos quais, infelizmente, foram vitimadas 40 pessoas.

 

O resultado do relatório aponta que o custo relativo às pessoas envolvidas em acidentes foi de R$ 294.468.801,86, enquanto os veículos envolvidos nos acidentes representaram despesas de R$ 130.439.451,37. Os ônus institucionais ficaram em R$ 1.354.753,54. "A análise dos custos sociais mostra a importância das ações que têm por objetivo reduzir os índices de letalidade no trânsito'.

 

O Gráfico apresenta a evolução decrescente do custo social de 2015 a 2017:

 

 

Acidentes com vítimas dão mais despesas

 

Os acidentes com vítimas lesionadas e fatais representaram cerca de 72,2% dos custos totais. A constatação da PRF é de que isso indica a necessidade de políticas públicas para a redução da gravidade dos acidentes.

 

As implementações de duplicação das vias, de barreiras físicas, de passarelas, de redução de cruzamentos em nível, dentre outras, são intervenções para redução de acidentes e de gravidade.

 

"Não podemos calcular os danos sociais, psíquicos, familiares e traumáticos aos quais as vítimas de trânsito e seus familiares são submetidos. No entanto, a apresentação dos custos econômicos e financeiros conseguem representar o impacto que toda a sociedade recebe, causado por negligência, imperícia ou falta de educação", aponta o documento.

 

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