"Pastor molestou crianças antes de cometer homicídio", afirma Polícia - Jornal Fato
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"Pastor molestou crianças antes de cometer homicídio", afirma Polícia

O caso se destacou pela crueldade e frieza


Dayane Hemerly

 

A Polícia Civil concluiu que o pastor George Alves, pai de Joaquim e padrasto de Kauã, de 3 e 6 anos, que morreram em um incêndio em Linhares, abusou sexualmente dos dois meninos antes que eles morressem.

Segundo o delegado responsável pelo caso André Costa, o pastor passou a ser suspeito após divergências em seus depoimentos.

"O depoimento dele não era compatível com a cena do crime, com incêndio volumoso e de rápida devastação. Além disso, as lesões dele também não eram compatíveis com o caso", comenta.

O delegado ainda disse que a perícia constatou que havia sangue em alguns locais da casa e que o exame de DNA confirmou que era do filho biológico dele, Joaquim.

"Outro exame mostrou que havia sêmen nas cavidades anais das crianças. Concluímos então que ele abusou sexualmente das duas vítimas antes da morte".

A perícia ainda encontrou no local do crime substância tóxica, parecida com gasolina, usada para causar o incêndio.

"As crianças não reagiram ao incêndio. Elas foram agredidas e ficaram desacordadas. Ninguém ouviu os gritos que ele disse ter ouvido das crianças", comenta.

André argumenta que George ateou fogo nas crianças antes de queimar o quarto.

O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Nylton Rodrigues, parabenizou a equipe policial que conseguiu elucidar o crime em 31 dias e disse que o caso se destacou pela "crueldade e frieza".

Peritos do Corpo de Bombeiros afirmaram que as crianças morreram rápido e a hipótese de acidente não se sustenta. "Fizemos diversas simulações e nada queimava tão rápido quanto foi no local do crime. É impossível que esse incêndio tenha sido acidental".

"A hipótese plausível é de que uma substancia acelerante foi usada para causar o acidente. E foi comprovado que foi usava substancia com petróleo. Com a riqueza dos dados que nos foram ofertados concluímos que, com certeza, foi uma ação pessoal que provocou a morte das crianças".

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