Após 290 dias preso, o soldado Nero Walker da Silva Soares recebeu sua liberdade durante audiência nesta segunda-feira (02) na Justiça e deve sair a qualquer momento da cela do Quartel do Comando Geral (QCG), de Maruípe, em Vitória. A informação é da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar (ACSPMBMES).

 

Durante o início da noite desta segunda, familiares do policial aguardavam sua liberação.

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Nero foi preso no dia 16 de junho de 2017 em Cachoeiro de Itapemirim sob a acusação de incentivar a greve da Polícia Militar, ocorrida em fevereiro do mesmo ano. O militar e seus familiares sempre negaram, afirmando que o soldado apenas expressou suas opiniões nas redes sociais.

 

No dia da prisão, o soldado fez transmissão ao vivo utilizando o Facebook. Ele foi detido em casa, no bairro Amarelo, numa ação que contou com a participação do chefe do Comando de Polícia Ostensiva da Região Sul (CPO-SUL) da Polícia Militar, coronel Alessandro Marin.

 

Na audiência desta segunda-feira, Nero foi representado pelo advogado da Associação de Cabos e Soldados, Victor Abreu, perante um conselho formado por quatro membros. A associação argumentou que a manutenção da prisão de Nero era desnecessária. O Ministério Público foi favorável e o conselho aprovou a liberação do policial por três votos a um.

 

No entanto, por ser um militar e seguir regras mais rigorosas, o soldado deverá ser cauteloso ao expressar suas opiniões. Segundo a associação, a Justiça ressaltou em sua decisão que caso volte a fazer críticas ao comando o PM poderá ser preso novamente.