Zoonoses realiza eutanásia em animais - Jornal Fato
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Zoonoses realiza eutanásia em animais


O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) teve de sacrificar cinco animais na semana passada. O fato causou revolta na Associação Amigos dos Animais de Cachoeiro de Itapemirim (Amakaxu). A Ong pretende levar o assunto ao Ministério Público, com quem se reúne no próximo mês.

Três cães e dois gatos passaram pelo processo de eutanásia, segundo a Prefeitura. A prática abrevia a vida do animal enfermo de maneira controlada e assistida por um especialista. Porém, segundo a fundadora e integrante da Amakaxu, Selma Gomes, mais animais foram sacrificados.

Para ela, que acompanha o trabalho no centro regularmente, o fato foi realizado para desafogar o canil do local, devido sua grande população.

A fundadora da Ong relatou ainda que o CCZ se encontra sem um veterinário responsável. Selma pretende levar o assunto ao Ministério Público. Uma reunião, de acordo com ela, estaria marcada para abril.

Apesar das acusações, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Roberto Povoa, afirma que o procedimento realizado nos animais aconteceu por conta deles estarem debilitados e sem condições de adoção.

Ele afirmou que a prática foi feita em cinco animais no último dia 16. Os demais, segundo Povoa, foram adotados ou possivelmente resgatados por seus donos.

Ele garantiu ainda que todo o procedimento foi consentido pela veterinária, antes de sua saída do CCZ, e que foram obedecidos critérios como orienta o Ministério da Saúde. Os animais teriam sido levados para uma faculdade de outro município, que utiliza os corpos para estudo veterinário.

Contratações emergenciais

O subsecretário afirmou que no CCZ atualmente não há um veterinário responsável na equipe. O monitoramento tem sido feito por outros veterinários da Secretaria de Saúde. Dois profissionais estão sendo contratados em caráter de emergência. A expectativa, segundo Povoa, é que os veterinários comecem as atividades em abril.

Castração

Uma das medidas que a Ong Amakaxu defende é a castração dos animais de rua. A intenção de implantar o projeto estadual é reduzir a reprodução em massa de cães e gatos, principalmente nos bairros periféricos. Em apenas uma manifestação neste ano, a Ong recolheu mais de 1,2 mil assinaturas para o projeto.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, a Prefeitura pretende fomentar o projeto de castração no município.

Roberto Povoa afirmou que os profissionais receberão treinamento da Secretaria Estadual de Saúde para desenvolver o projeto.

O objetivo, afirma, é aumentar o número de veterinários.

 

Beatriz Caliman

 

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