Vereadores criticam votação protelada - Jornal Fato
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Vereadores criticam votação protelada


A vereadora Joana D"?arck Caetano (PT) não recebeu bem a notícia de que não faria parte do grupo de vereadores que dará o parecer quanto à denúncia feita pelo Ministério Público contra o vereador Roberto Bastos (PMN). Durante a sessão ordinária da última terça-feira, ela, que é suplente, criticou a posição do presidente da Casa de Leis, Júlio Ferrari (PV), que preferiu deixar a votação para a próxima semana, quando os titulares retornam aos cargos.

Joana assumiu o cargo há dois meses, após Wilson Dillen (PRB) se licenciar para assumir a Secretaria Municipal de Transportes. "Eu votei pela abertura da Comissão de ética logo na primeira denúncia contra o vereador "" sobre o pagamento à funcionária que não trabalhou. A denúncia foi arquivada. Por que não posso votar a segunda? Não vejo coerência nesse posicionamento e, para mim, há interesse político em retardar essa votação. Será que o presidente já sabe o posicionamento dos vereadores que vão retornar à Casa?"?, desabafou a vereadora. Júlio se defendeu. Disse que está resguardado pelo regimento interno quanto ao prazo para votação. "Tínhamos até três semanas para votar pela abertura de comissão processante ou arquivamento da denúncia, e este prazo expira na quinta-feira da próxima semana. Não temos interesse político algum. Prova disso é a punição que já aplicamos a uma ex-servidora - apontada na primeira denúncia contra Roberto Bastos. Compomos uma Câmara séria"?, afirmou.

Jonas Nogueira (PV), por sua vez, também mostrou insatisfação em não poder votar a denúncia. "Eu acho que titular é quem está aqui agora, ocupando o lugar na Câmara. Não posso afirmar que há interesse político em retardar essa decisão, mas é o que a atitude demonstra"?, disse.

A mesa diretora entregou ontem aos vereadores uma cópia das acusações feitas pelo Ministério Público contra Roberto Bastos (PMN). Na próxima terça-feira, o plenário da Casa de Leis decidirá se abre ou não comissão de ética, que, se instalada, pode até recomendar a cassação do mandato vereador por quebra de decoro parlamentar.

Denúncia

Roberto Bastos é acusado pelo Ministério Público por três irregularidades: Uma é referente ao caso da assessora Luciana Marvilla, que, segundo o MP, recebeu pela Câmara, mas dava expediente na clínica ginecológica do vereador, que também é médico.

Outra acusação é de utilização de assessores parlamentares de seu gabinete "" pagos com recursos públicos "" em sua campanha eleitoral, em 2008.

Já a terceira o aponta como responsável pela retenção do ticket alimentação e parte dos salários de três servidoras, prática conhecida como Rachid.

Por conta de uma das acusações "" envolvendo a assessora Luciana Marvilla "" a Justiça já decidiu pela retenção de 50% dos salários de Roberto Bastos e da servidora, até que o valor retido chegue ao montante de R$ 80 mil, prejuízo este estimado, pelo Ministério Público, aos cofres municipais. O MP também pediu o afastamento do vereador de suas funções públicas, mas teve sua solicitação negada.

Interesse político

"Há interesse político em retardar essa votação. Será que o presidente já sabe o posicionamento dos vereadores que vão retornar à Casa?"?

Joana D"?arck

"Titular é quem está aqui agora, ocupando o lugar na Câmara. Não posso afirmar que há interesse político, mas é o que a atitude demonstra"?

Jonas Nogueira

"Tínhamos até três semanas para votar pela abertura de comissão processante e este prazo expira na próxima quinta-feira. Não temos interesse político algum"?.

Júlio Ferrari

 

Jackson Soares

 

 

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