Ruas dos bancos: o coração da cidade

10/04/2012 13:33

A Rua Capitão Deslandes ou Rua dos Bancos, como é popularmente conhecida, reúne em poucos metros uma grande variedade de serviços e produtos. O local faz parte do coração do município por concentrar seu centro financeiro, já que lá se encontram a maior parte das agências bancárias.

Novas e tradicionais, micro e pequenas empresas procuram um local com grande circulação de pessoas, segurança, fácil estacionamento e localização. Na Capitão Deslandes, assim como em outras partes da cidade, não é possível atender a todos estes pré-requisitos. Mas, em um ponto, todos os empresários da via entram em consenso "" a rua é um dos locais de maior expressividade no pólo sul capixaba. Há mais de 30 anos instalado na rua, o empresário José Antônio Junior possui uma loja de móveis. Ele enumera que a comodidade de ter serviços bancários, Correios, alimentação, farmácias, confecções, calçados, entre outras facilidades, contribuem para a valorização dos comércios da Capitão Deslandes.

Apesar das vantagens, que atraem um grande número de pessoas de todo o Sul do Estado, diariamente, a famosa rua apresenta sinais de saturação no tráfego intenso de veículos em horários de pico, na falta de infra-estrutura urbana, sem vagas para estacionamento e, principalmente, na segurança.

Os comerciantes afirmam que, mesmo com a presença de câmeras, os roubos e furtos aos estabelecimentos são frequentes. De acordo com Marcelo Costa, gerente de uma joalheria há 12 anos, o sistema de monitoramento municipal, que considera ineficiente, não inibe a ação dos bandidos. Para ter segurança, segundo ele, é preciso investir em grades, seguranças particulares e câmeras internas. Para Costa, o patrulhamento da Polícia Militar também deveria ser intensificado.

 

Capitão Henrique Deslandes

A rua é uma homenagem a um militar que se transferiu para o Estado após participar da Guerra do Paraguai. Depois de residir em Vitória e Itapemirim, chegou a Cachoeiro em 1872, quando conseguiu concessão para explorar a navegação no rio Itapemirim quatro anos depois.

Em sociedade com Manoel Ferreira Braga, Henrique Deslandes comprou o trapiche (depósito de mercadorias) que o Barão de Itapemirim havia mandado construir e que pertencia à firma Silva Lima & Braga.

 

Câmeras na ativa

 

Segundo o secretário de Defesa Social, Guilherme Thompson, as câmeras de vigilância estão em funcionamento em todo o perímetro urbano. Especificamente na Rua Capitão Deslandes, ele afirma que há uma câmera, que faz imagens de toda a extensão da via. Thompson alega que as filmagens dos dispositivos são requisitadas pela Polícia Civil e têm auxiliado na identificação dos criminosos.

Beatriz Caliman