Não sei se estou fazendo uma leitura canhestra da situação política em Cachoeiro. Estão formados três blocos: um do menino que quer um segundo mandato. Outro bloco do Valadão. E um terceiro que gravita em torno de Camilo. Podem também existir carreiras solos que ainda não fizeram alianças. Mas se sozinhos são fadados ao fracasso (tempo de mídia, financiamento de campanha, nomes de peso...). Tanto o bloco do Valadão quanto o bloco do Camilo se reúnem para, num arroubo apaixonado por Cachoeiro, se colocarem sem pretensões de candidaturas, para pensar mais na cidade que em si mesmos. O que conta é um projeto para Cachoeiro. Quem ganhar deve executar esse projeto. E vão jurar de mãos juntas e dadas que vão cumprir o escrito e o acordado. E vão escolher quem é que vai executar esse projeto. Boas intenções. Mas de boas intenções o inferno está cheio. O blocão começou rachado. O PMDB de Valadão não é o mesmo PMDB de Camilo. O bafejado pela escolha vai dizer que vai fazer e acontecer... Mas se ganhar, assim que passar a governar, vai dar uma bela banana aos acordos acordados, pois se sabe que em política prometer é uma coisa e cumprir já é outra. Mas voltemos aos projetos. Por favor, não me enquadrem no Estatuto do Idoso, mas voltar ao modo velho de governar não dá mais. O que se quer na verdade, tendo a desculpa de se reunir para um projeto para Cachoeiro é querer construir urdiduras para minar a reeleição do menino. O pano de boca é belo e suntuoso. Mas nos bastidores as tramas são de enrubescer Calabar. Quem sabe o menino salvo pelo gongo (instrumento de percussão de origem asiática) e não pelo congo (dança popular mais comumente praticada em comunidades especificas da região metropolitana de Vitória), vai poder continuar a levar adiante o Projeto para Cachoeiro, que já está sendo praticado. Mesmo com os ataques da mídia, dos grupos saudositas e dos que querem um suposto Projeto. Neste caso penso que a TV Gazeta Sul pega pesado "" qualquer deslize desce o pau. Claro que não se quer ressuscitar Rubens Ricupero: "Eu não tenho escrúpulos. "O que é bom a gente fatura; o que é ruim, a gente esconde"?. Projeto já existe. Que deixem o menino executá-lo!
Â
Mons. Antonio Romulo Zagotto