Lixo eletrônico ainda sem fim correto

14/09/2011 23:57

A destinação correta do lixo eletrônico (televisores, computadores, geladeiras, baterias, lâmpadas, pilhas, etc) produzido por empresas e domicílios ainda é um desafio para a população de Cachoeiro.

No município ainda não há um local que atenda esta demanda. Nem há data para que o "lixão eletrônico"? comece a funcionar, mas a Secretaria de Meio Ambiente garante que até o fim do ano o espaço estará em atividade.

 

Misturado a resíduos domésticos, o lixo eletrônico pode oferecer riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Isso porque, possui em sua composição metais pesados altamente tóxicos, como, por exemplo, mercúrio, cádmio, berílio e chumbo. Em contato com o solo, estes produtos contaminam o lençol freático; se queimados, poluem o ar. Além disso, podem causar doenças graves em catadores que sobrevivem da venda de materiais coletados nos lixões.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente garante que um local será disponibilizado para abrigar este tipo de material tóxico. Porém, não informou a data de instalação do depósito.

O espaço fica próximo à Secretária de Interior, no bairro Valão. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Delandi Macedo, o local possui cobertura e se encontra atualmente sob a responsabilidade da Secretaria de Educação.

 

Pequenos passos para a sustentabilidade

Leitores têm procurado o jornal ES de Fato, perguntando sobre a existência de um local específico na cidade para o depósito de lixo eletrônico e sugerindo matérias a respeito.

As ações em prol da conscientização ambiental ainda são poucas e isoladas. Em maio, durante a Semana do Meio Ambiente, houve, pela primeira vez, um projeto relacionado ao recolhimento deste tipo de material, na Ilha da Luz.

A promessa do local no Valão remonta a este período.

 

Conscientização ambiental

A falta de informação à população ainda parece ser um empecilho para que o município adote uma postura ambientalmente mais sustentável. Porém, atualmente, alguns empresários, preocupados com a situação, estão tentando adotar medidas para dar uma destinação correta ao lixo produzido. Ã? o caso de dois shoppings em Cachoeiro.

Em um deles, no bairro Gilberto Machado, as lâmpadas, dentro do prazo de garantia, são devolvidas ao estabelecimento em que foram compradas, segundo a responsável pelo departamento de Marketing, Elaine Santos.

A coleta seletiva também está sendo adotada pelos lojistas e a renda, com os produtos recicláveis vendidos, está sendo revertida a entidades municipais. "O óleo, por exemplo, é vendido e a renda é destinada ao Grupo de Apoio aos Doentes de Aids Solidários pela Vida (GAASV)"?, conta Elaine.

Já no centro comercial localizado no Centro, todos os meses dezenas de lâmpadas são descartadas, muitas delas já ultrapassaram a data de garantia e não podem ser mais devolvidas. O problema, segundo a superintendente Gabriela Vargas, é a falta de informação. Ela conta que, enquanto não encontra uma solução adequada, irá armazenar o material em caixas. Além disso, peças de computadores também se encontram estocados na administração.

No supermercado Casagrande há um local para depósito de pilhas. Segundo funcionários, todo o material é encaminhado à sede da empresa, em Linhares, onde tem a destinação correta.

 

 Beatriz Caliman

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