No período que antecede à Semana Santa, aumenta o comércio e consumo do palmito em todo o Estado, pois este é um dos ingredientes utilizados na culinária capixaba típica desta época.  Por conta disso, a Polícia Militar Ambiental deu início, na quinta-feira, em todo o Estado, à "Operação Palmito"?.

A finalidade é coibir e fiscalizar a extração, transporte, indústria clandestina e a comercialização ilegal do palmito nativo, por se tratar de subproduto florestal oriundo de remanescentes florestais ou de planos culturais.

Até o próximo dia 08, a fiscalização é intensificada em mercados, feiras, estradas, rodovias, parques estaduais, nacional e propriedades rurais.

A exploração, o armazenamento, o transporte e o comércio de produtos de origem florestal sem a devida autorização é crime (Lei de Crimes Ambientais, Lei  9.605/98).

Três presos

Antes mesmo do início da Operação Palmito, três pessoas foram conduzidas à Delegacia de Meio Ambiente, após uma operação em conjunto com a Superintendência de Polícia Especializada, Ibama e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), realizada na quinta-feira, no município de Vargem Alta.

A ação foi realizada na localidade de Castelinho com o objetivo de cumprir 11 mandados de busca e apreensão. Os três detidos são acusados de retirar palmitos de forma ilegal e plantar em suas residências.

Também foram apreendidas duas armas e embalagens de palmito para venda. A operação contou com 30 policiais civis e 11 viaturas. O local já estava sendo monitorado há alguns meses, por analistas de meio ambiente do Iema, por conta de denúncias de atividades irregulares.

A região possui relevância ambiental e apelo conservacionista, já que apresenta grande diversidade biológica e florestas preservadas. Em parceria com pesquisadores de ONGs ambientalistas, o órgão vem realizando estudos para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) na área, identificada pelo Estado como prioritária para proteção.