Ontem (15), no segundo dia da greve nacional dos Correios, apenas 9% do total de funcionários no Espírito Santo aderiu ao movimento. Em Cachoeiro, 10% dos funcionários estão em greve, segundo a assessoria de imprensa da empresa.

No entanto, a paralisação não chegou às agências e a população encontra profissionais disponíveis para atendimento nas unidades.

 

Os carteiros participam da paralisação em Cachoeiro, assim como em São Mateus. O gerente regional dos Correios no município, Marcos Cocco, disse que a empresa funciona normalmente. Ele, porém, não soube informar se a agência também corre o risco de paralisar seus trabalhos nos próximos dias.

Nos dois primeiros dias de greve, 10% dos objetos postais que chegam ou saem do Estado sofreram atrasos.  O diretor regional dos Correios no Espírito Santo, Rafael Carpanêdo Fiorio, determinou que a entrega de boletos de pagamento, Sedex e malotes seja prioritária.

O movimento se concentra na Grande Vitória, onde 76% das unidades operacionais ainda estão funcionando. Os Correios suspenderam os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, por se tratar de serviços com horário marcado. Os serviços Sedex e E-Sedex estão mantidos.

Reivindicações

Os funcionários dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado na quarta-feira. Eles reivindicam, entre outras coisas, aumento real de R$ 400,00, piso salarial de R$ 1.635,00, vale-refeição/alimentação de R$ 30,00 e "melhores condições de trabalho"?.

Com as paralisações, 17% das entregas diárias "" 5,3 milhões de objetos "" estão paradas. Os serviços Sedex 10, Sedex Hoje e Disque-Coleta, que têm prazo para entrega, estão suspensos por tempo indeterminado.

Negociações

Durante coletiva realizada terça-feira em Brasília, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, informou que a empresa mantém a entrega diária de cartas e encomendas, embora exista a possibilidade de atrasos.

Ele informou que já colocou em operação um plano de contingência, com contratação de recursos, realocação de empregados e realização de horas-extras, para minimizar os prejuízos à população.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa, a empresa informa que vai fornecer todas as condições necessárias para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho em 2011 e 2012. "A proposta inicial - um aumento salarial final de 13% para 64.427 empregados, ou seja, 60,14% do efetivo total - foi retirada com a paralisação. A retomada das negociações sobre o acordo coletivo está condicionada ao retorno às atividades"?, diz a nota. No país, 24 Estados aderiram ao movimento.

 

Beatriz Caliman