Câmara: servidora vai ter de devolver salário - Jornal Fato
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Câmara: servidora vai ter de devolver salário


A Câmara Municipal de Cachoeiro determinou à jornalista Jullyane Rocha Alves, ex-assessora do vereador Roberto Bastos (PMN), que devolva R$ 2.411,00 aos cofres do Legislativo. O valor é referente ao salário recebido indevidamente por Jullyane em agosto de 2010, quando, segundo o Ministério Público, ela teria feito uma viagem particular ao Canadá, mesmo sem estar de férias ou de licença. Até o momento, a ex-servidora é a única punida no caso.

A decisão de solicitar o ressarcimento do valor foi tomada após uma sindicância interna realizada pelo setor de Recursos Humanos da Câmara, cuja criação foi determinada pela presidência da Casa, após receber as denúncias feitas pelo Ministério Público. "Ã? uma atitude que nós não poderíamos deixar de tomar. Se houve prejuízo ao erário, temos que resolver. Não podemos ignorar o prejuízo"?, disse o presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Ferrari.

 

O presidente esclarece ainda que a medida tomada pela Câmara independe do julgamento político do vereador envolvido no caso.

 

Segundo Ferrari, o fato demanda duas providências distintas: uma no campo administrativo "" justamente o pedido de ressarcimento; e outra na esfera política, ficando esta a cargo do plenário.

 

"Quanto ao comportamento ético do vereador, a decisão deve ser tomada pelo plenário, já que, segundo as normas da Casa, cada parlamentar é responsável por fiscalizar a jornada de trabalho de seus assessores"?, disse o presidente.

 

Denúncia

 

Quanto à outra denúncia, também feita pelo Ministério Público, pela qual Roberto Bastos, que também é médico, é acusado de manter a assessora Luciana Marvilla recebendo pela Câmara mas cumprindo expediente em sua clínica ginecológica, a Justiça já havia pedido o afastamento do vereador e decidido pela retenção de 50% dos salários de Roberto e da servidora até que o valor retido chegasse a R$ 80 mil, prejuízo este estimado pelo Ministério Público aos cofres municipais.

 

Após o insucesso na tentativa de afastar o vereador, o MP havia reiterado o pedido, afirmando que a retenção deveria chegar aos R$ 100 mil, e voltou a solicitar o afastamento do vereador de suas funções públicas, mas, novamente, teve seu pedido negado. O juiz responsável pelo caso, Robson Louzada, entende que, para voltar atrás na primeira sentença, seria necessário que houvesse algum fato novo, o que não ocorreu.

 

 

 

Jackson Soares

 

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