Razão e coração - Jornal Fato
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Razão e coração

A razão é lógica, o coração é explosão de sentimentos


Nossos atos, em geral, seguem uma linha de conduta estabelecidas pela razão ou pelo coração, e, às vezes, até por ambos. Quando seguimos a razão tendemos a ser mais rígidos e com atitudes mais severas, muitas das quais até nos arrependemos posteriormente.  E quando nos norteamos pelo coração tornamo-nos mais maleáveis, doces e prestimosos. A razão é lógica, o coração é explosão de sentimentos. Quantas loucuras cometidas em nome do coração e quantas deixamos de cometer seguindo a razão. Diante de um contexto em que temos que decidir, se deixamos por conta da intuição e da voz interior, o caminho a seguir se nos apresenta naturalmente. E não custa acrescentar uma dose de racionalidade, para que não ocorram atropelos lá na frente. E também uma boa dose de paciência, as respostas não chegam no momento que as desejamos.

Quando jovens agimos essencialmente com o coração - vive-se as grandes paixões e as loucuras dos amores possíveis e impossíveis. Na fase adulta, por conta da luta pelo sustento, da responsabilidade com o casamento e criação dos filhos, o coração nem sempre se manifesta soberano. Já na terceira idade, com vida financeira ajustada, filhos criados, o coração retoma o seu protagonismo numa dimensão sem limites. Por conta disso podemos comparar os grupos de jovens nas baladas aos dos idosos nos encontros de terceira idade. Os primeiros embalados pelos hormônios aflorados, e os últimos pela certeza da finitude que se aproxima.

Segundo Sigmund Freud, a psique humana é formada por três instâncias: Id, Ego e Superego - que funcionam como vozes dentro de nossas mentes. O Id é regido pelo princípio do prazer, o superego representa os pensamentos morais e éticos e o ego constitui o eu, que age de acordo com a realidade - é o ponto de equilíbrio entre o id e o superego e responsável pela coerência nas decisões. Como não sou psicóloga e sim cronista, faço uma grande lambança misturando razão, coração, ego, id e superego, na certeza que tudo junto e misturado faz parte da nossa complexa natureza. E gerir as nossas ações tentando controlar impulsos, desejos, manifestações, enfim todo o mundo interior que nos cerca, pode nos permitir viver sabiamente, harmoniosamente e felizes. E é o quanto basta!


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