Silêncio?

Quem disse? (psiu!)

13/02/2020 08:17
Silêncio?

Quem disse? (psiu!) quem disse silêncio? apenas contemplo enquanto me devora o ambiente desnudo sonoro exprimo no tom que me vem a enorme estrofe e abro o cofre dos sonidos nos versos na inflexão de cada hipérbole silêncio todo tempo não necessito cifras e signos! apócrifos escritos e dou a mão à onda acústica da carícia repleta.de poesia cheia de beleza do vocábulo pronunciado e então não é mais o eco nem a fala porque jamais me calo Nem a melodia melancólica e silenciosa posto à prova, ainda sem língua, faria mimica e cantaria com dedos finos para a penumbra que ignoro, para o lado mudo de tudo, aumentasse o brilho! desfolhando a rosa ao som que adoro

no poema

e na flor as pétalas com rimas vibrando no tom então, proclamo, gritando para o silencio estéril da natureza absurda da esfera sem fundo ou superfície.

como a pessoa tristemente que acredita

apenas no que vê Por isso se aquieta! precisa dos olhos... E pobre não enxerga a pérola, mas porcos abaixo doença que cega, E canto no timbre que posso para exprimir o que sinto explodindo na pele, que eriça então não haverá prisões para palavra quando completamente coração... quem sente fala

 

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Dizem que passa...

tudo é passageiro! asneira e tolice. Talvez seres finitos por princípio de triste vida sem luzes piscando! porque louco, pouco a pouco mudo meus sonhos. Fico Menos o ônibus torto com incrédulos alucinados e frágeis vai passando Rápido arrastando latas e ferrugem De resto algo permanece... perto. Discreto entre nuvens distante da longa noite perto da esperança que se levanta tal o copo que transborda cheio de primavera E não repito, por isso, nem imploro à mentira como antídoto contra tudo que é transitório Nada se esvai tão medíocre. A estrela amarela fica nos dias Em que a flâmula vermelha tremula quase perfeita feita para o vento nas cabeças no universo são que não se extingue como um frasco de lixo jogado dos carros passando... nós, outros, ficamos para sempre.