Onde andas? - Jornal Fato
Artigos

Onde andas?

E apresso o passo sobre escombros...


Onde andas?

Quais teus caminhos?

E apresso o passo sobre escombros...

 

esquecidos e distantes, como retratos na estante

 

Penso. Quem sabe a nostalgia cause vontade de desvelo,

 

À noite, descubro, na sala escura, apenas um buraco negro, aspirando a ternura,

 

Então, revejo, no passeio público, o primeiro beijo.

 

Depois, foi-se tudo.

Algo passou, mudo, feito vento.

 

E a foice do tempo, decepando o pobre minuto, antes vívido.

 

Contentamento, expirou-se

Com o prazo vencido do sorriso, secando, aos poucos.

 

Restou silêncio

Ausência de vogais

Retinas vazias, sem brilho.

 

Para aonde foi tudo aquilo, do início?

 

*************

Nada é tão belo quanto corpos próximos, olhos, olhando-se...

Copos transbordando ósculos, na tez dos poros

Há apenas ambos, no tapete epidérmico, escrevendo o poema.

Depois, feito barcos libertos, tem braços abertos,

irão ao abraço, para contemplar, face a face, o firmamento celeste da pele

O dorso explícito, cosmo lindo a gravitar inquieto.

As luzes ardentes, do astros a clarear o lençol incandescente,

E quando escurece, sussurram estrelas, no céu aberto, de pernas poéticas. 

Exaustos, no claustro, discorrem o verbo, Amaram-se.

 


Giuseppe D'Etorres Advogado

Comentários