Me dá espaço no teu colo?

teu regaço, próspero teus braços

09/01/2020 08:29
Me dá espaço no teu colo?

teu regaço, próspero teus braços de polpa, com a doçura do fruto e o melaço com o sândalo das pequenas flores brancas depois dizem: foi-se... medem estetoscópios histéricos. pulso...pulso...pulsa? vermelhos. Olham-se água...água...água! e olvidam o tronco da estação inevitável que não se apaga e atestam pobres obituários ignorando a natureza de certos universos nada lhes é claro tal o feixe estrelado iluminando a noite antes de aquecer o dia. dá-me , a pia benta do vosso colo, e me lavarei com cada beijo teu vos digo, e te darei Beirute onde ainda nunca esteves. Donde vem teu broto e te darei o cedro dourado e mouro e terás o Líbano então não me enlutarei com a mortalha do vácuo...não eu porque ainda escuto voz avó como o mar bramido: Olga! entre as espumas brancas sob o sol do colo delicado e largo que é trigo na mão rubra do pão sagrado que alimenta tanto a pátria encarnada do amor incansável feito pôr de sol ocre no céu laranja que não se esgota entre dedos carinhosos da extremidade reluzente e infinita feito um verso pequenino embalando o menino que adora