Médicos reagem a ataques à Santa Casa - Jornal Fato
Geral

Médicos reagem a ataques à Santa Casa

Um grupo de médicos do Corpo Clínico decidiu divulgar uma carta aberta à população em apoio ao hospital


- Divulgação

Após os ataques direcionados à Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim feitos pelas redes sociais, um grupo de médicos do Corpo Clínico decidiu, em reunião realizada na noite da última segunda-feira (1), divulgar uma carta aberta à população em apoio ao hospital e também para reforçar que não compactuam com esse tipo de comportamento. 

"Opiniões compartilhadas nas redes sociais são estritamente pessoais e que não representam o pensamento do corpo clínico, já que não fazem parte da realidade vivida por quem trabalha e se dedica na defesa da instituição", diz um trecho da carta. 

No documento, eles também reafirmam seu compromisso com a gestão do hospital e garantem que os ataques sobre a transferência da maternidade são injustos e não correspondem com a realidade.

"Apesar dos ataques injustos deferidos contra o superintendente, afirmamos com certeza que o padre Evaldo Ferreira é incansável na luta por manter esta instituição aberta e prestando todo o socorro que a população necessita".

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

Nós, médicos do corpo clínico da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim ficamos surpresos ao tomar conhecimento de notícias e inverdades publicadas em redes sociais por um colega médico, com o objetivo de atingir a imagem de uma instituição que há quase 120 anos presta serviços de qualidade à população do Sul do Estado.

Diante da repercussão negativa, viemos a público afirmar que não compactuamos com esse comportamento e acreditamos no comprometimento dessa gestão em oferecer sempre o melhor atendimento aos pacientes.

Por meio desse manifesto, reconhecemos o papel da Santa Casa de Misericórdia na sociedade e sua importância no acolhimento e no cuidado dos necessitados que ali chegam em busca de socorro 24 horas por dia.

É verdade que a luta para manter as portas abertas é grande e mesmo convivendo com recursos limitados para tamanha demanda, a Santa Casa jamais negará assistência médica a quem precisa.

Reafirmamos que NÃO PROCEDE a informação de que mulheres ficaram desassistidas após a transferência da maternidade para o Hospital Materno Infantil São Francisco de Assis.

As mulheres continuam sendo atendidas naquela unidade com todo o carinho que necessitam. A transferência do serviço cumpriu uma determinação da Secretaria de Estado da Saúde (SESA) que visa à abertura do Hospital Materno-Infantil no bairro Aquidaban, englobando e melhorando o atendimento às gestantes em sua totalidade.

Os médicos do corpo clínico prestam total apoio à Santa Casa, e reafirmam seu compromisso com essa instituição.

Sabemos dos sacrifícios feitos pela direção para atender bem à população. Por isso, destacamos ainda o empenho e a união de médicos, do superintendente Padre Evaldo Ferreira, conselho deliberativo, diretores clínico e técnico, além dos demais funcionários para fazer do hospital uma referência em atendimento de qualidade para 27 municípios do Sul do Estado.

Mais uma vez esclarece que opiniões compartilhadas nas REDES SOCIAIS são estritamente pessoais e que não representam o pensamento do corpo clínico, já que não fazem parte da realidade vivida por quem trabalha e se dedica na defesa da instituição.

Apesar dos ataques injustos deferidos contra o superintendente, afirmamos com certeza que o padre Evaldo Ferreira é incansável na luta por manter esta instituição aberta e prestando todo o socorro que a população necessita.

Assinado

Dr. Rogério Santos Pacheco

Dr. Manoel Antônio Freitas

Dr. Gastão Rosa Filho

Dr. Elias Garcia de Oliveira

Dr. Alcides Barata Filho

Dr. Lauro Evaristo Bueno

Dr. Thiago Fernandes Nora

Dr. Raphael Fernandes Luzorio

 

ACUSAÇÃO 

Durante a sessão desta terça-feira (02), na Câmara de Cachoeiro, o médico Roberto Bastos fez pronunciamento em que acusou o superintendente da Santa Casa, Padre Evaldo Ferreira, e outras pessoas que ele chamou de "petistas", pelo fechamento da maternidade do hospital e pela falta de transparência nos contratos da entidade.

Segundo ele, o Padre "entregou a maternidade da Santa Casa" para o Hospital Infantil porque fez um acordo "por debaixo dos panos" com o superintendente Jailton Pedroso. Além disso, segundo ele, em vez de assinar a carteira e pagar os direitos trabalhistas dos médicos, a Santa Casa prefere contratar ONG's, que estão "comendo o dinheiro dos médicos. O médico quer trabalhar, mas tem que receber", afirmou.

Além de denunciar, o médico também sugeriu um modelo de gestão da saúde para Cachoeiro. A proposta dele prevê a criação de um Hospital Geral para centralizar as cirurgias da região sul e que a Santa Casa gerencie os pronto-atendimentos de todos os municípios vizinhos a Cachoeiro. Bastos disse ainda que não é candidato a cargo eletivo, mas sim "é candidato" a diretor clínico da Santa Casa, representando "um grupo de médicos".

Outra versão

Comentando o pronunciamento de Bastos, o vereador Elio Carlos Miranda (PDT) afirmou que Padre Evaldo mudou a forma de administrar a Santa Casa para solucionar problemas antigos e isso mexe com os interesses e os brios de muita gente. "É preciso que alguém da Santa Casa venha à Câmara para expor a outra versão, para que a Câmara possa confrontar os dados e se posicionar", afirmou.

Comentários