Governador assina projetos de Leis para fortalecer atividades do Idaf

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, nesta terça-feira (19), seis projetos de Leis que visam o fortalecimento das atividades do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf)

20/10/2021 14:53
Governador assina projetos de Leis para fortalecer atividades do Idaf /Foto Divulgação/Governo do ES

O governador do Estado, Renato Casagrande, assinou, nesta terça-feira (19), seis projetos de Leis que visam o fortalecimento das atividades do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf). As matérias foram encaminhadas à Assembleia Legislativa (Ales). Os projetos visam ainda desburocratizar o acesso aos serviços, além de garantir benefícios ao produtor rural e agroindústrias, a promoção da regularização fundiária e o reconhecimento profissional dos servidores que atuam na fiscalização agropecuária. ?Estamos encaminhando à Assembleia Legislativa alguns projetos importantes. Um deles trata da reorganização dos servidores efetivos do Idaf que, desde o mandato anterior, debatem o assunto conosco para que a gente tenha similaridade com outros órgãos. Outro projeto estende a abertura de agroindústria para áreas urbanas, dessa forma, haverá a mesma facilidade para implantar como se tem na área rural. Outros dois projetos de regularização fundiária e um Refis para os produtores rurais que têm débito no Idaf, desde que não esteja ainda na dívida ativa. São ações importantes para a modernização do Idaf e nos serviços prestados a esse órgão fundamental para nossos agricultores?, afirmou Casagrande. De acordo com o presidente do Idaf, Mário Louzada, as mudanças representam um marco na história do instituto. ?Estamos transformando o Idaf, estreitando os laços com o produtor rural, promovendo o crescimento de agroindústrias e a regularização fundiária. As medidas previstas nas leis, é para que o acesso aos serviços executados pelo Idaf seja ainda mais fácil e menos burocrático?, disse. Ainda de acordo com Louzada, a alteração na nomenclatura dos cargos é uma demanda antiga dos servidores, que promove o reconhecimento e a valorização profissional. ?Outros institutos de defesa agropecuária já reconhecem o profissional que atua na defesa agropecuária como fiscal. O trabalho feito por eles é de fiscalização, nada mais importante que sejam reconhecidos pelo trabalho excepcional que realizam?, indicou.  Alteração de nomenclatura de cargos finalísticos do Idaf O projeto de lei reorganiza os cargos e as respectivas carreiras de efetivos do Idaf. Se aprovado, o profissional de Nível Médio, que exerce o cargo de técnico em desenvolvimento agropecuário passará a usar a nomenclatura de técnico em fiscalização e desenvolvimento agropecuário. Já o profissional de Ensino Superior que exerce o cargo de agente em desenvolvimento agropecuário mudará o nome para fiscal estadual agropecuário. Alteração da Lei 9.769/2011 O novo texto propõe tornar inalienável a terra devoluta inserida em unidade de conservação integral, adequando ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Reserva o direito do Estado nas terras destinadas às unidades de conservação integral. A redação também prevê inserir a possibilidade de registrar o título de legitimação antes da entrega ao beneficiário. Atualmente, sabe-se que cerca de 40% dos títulos não são levados ao registro em decorrência de exigências de cartórios e municípios, fato que põe a perder todo o esforço do Estado para o processo de legitimação. O projeto retira ainda o caráter de alienação de terra nua, utilizado como argumento pelos cartórios e municípios para a cobrança de tributos e emolumentos. Regularização de terras patrimoniais em Linhares Trata-se de regularizar terras rurais patrimoniais, originárias de arrecadação de procedimentos de discriminatória realizada pelo poder público, localizadas em Linhares na região de Povoação, Barra do Ipiranga e Suruaca. A regularização será realizada, quando atendida as exigências da Lei, por meio de alienação. As avaliações serão realizadas pela Comissão de Avaliação Rural (CAI). Acerto da linha de divisa Anchieta x Guarapari O projeto versa sobre a avaliação técnica preliminar relacionada à adequação de divisa intermunicipal entre Anchieta e Guarapari, especificamente na localidade de Lagoa de Maimbá, cujo desaguadouro no oceano Atlântico é tido como marco geográfico de limite entre as unidades. As considerações apresentadas resultam de estudo técnico sobre a geomorfologia de lagoas e lagunas costeiras, que por vezes são dotadas ou não de ligações diretas com o mar. O fato a ser desmistificado no caso da foz da lagoa de Maimbá está relacionado às alterações da interface lagoa x oceano, provocadas pela construção da Rodovia ES 010 ? Rodovia do Sol, que interferiu diretamente na dinâmica natural daquele trecho. Regularização incentivada de multas e outras taxas Projeto destinado a promover a regularização de débitos relativos a autos de infração, abrindo mão de juros e multas moratórias dos autos de infração junto ao Idaf com descontos entre 100% e 75% dos débitos, de acordo com a época do auto e forma de adesão. Será permitido o parcelamento dos débitos de certificado de registro de atividade florestal em atraso no padrão que já se utiliza nos autos de infração. Redução de 100% do valor devido a título de taxa de abate dos anos entre 2017 e 2019. Retirada da obrigatoriedade do proprietário (a) da agroindústria ser produtor rural O projeto prevê que o estabelecimento deverá seguir as exigências estabelecidas em normativa específica para o enquadramento, para fins de registro junto ao Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (Siapp) e de inclusão no Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar de Pequeno Porte (Susaf/ES) em área urbana, como por exemplo, ser de porte pequeno, manter o vínculo familiar com a atividade rural capixaba e trabalhar com matéria-prima produzida no meio rural do Estado. Outro ponto importante abordado com a atualização dos termos desta legislação é facilitar e agilizar o entendimento sobre o que traz a lei e também a adequação de taxas para que sejam sempre condizentes com a realidade do setor, desvinculando-a dos demais serviços do órgão não enquadrados na categoria de pequeno porte.