Comerciantes e empresários de Cachoeiro de Itapemirim contabilizam os prejuízos após a maior enchente da história da cidade.

Em entrevista ao jornal FATO, o diretor de comunicação da ACISCI (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Cachoeiro de Itapemirim), Juarez Marquetti, detalhou que 567 empresas foram impactadas até o momento.

As perdas chegam a R$120 milhões atingindo todo o comércio da maior cidade do sul capixaba e os desdobramentos em toda sua economia.

As áreas mais afetadas vão desde a Ilha da Luz até o bairro Baiminas, por onde o rio Itapemirim passou, com 12 metros acima do nível normal.

Ainda de acordo com Juarez, a Acisci já tem uma proposta do Bandes e aguarda a proposta do Banestes para facilitar a retomada das empresas em Cachoeiro.

"O Bandes liberou uma linha de crédito, com taxa Selic, incluindo 12 meses de carência e até 60 meses para pagar", relata Juarez. Para os empresários que perderam tudo, um alívio para recomeçar.

Os objetivos de obter as linhas de crédito, junto ao governo, é para que os comerciantes consigam juros baixos e prazo de carência de pelo menos um ano para iniciar o pagamento dos financiamentos.

"Algumas empresas já voltaram a funcionar. Outras devem retornar em uma semana ou duas... mas outras devem demorar mais", avaliou Juarez.

Para ajudar os empresários que perderam tudo com enchente, a Associação Comercial que fica no bairro Guandu, disponibilizou salas com internet para que os empreendedores possam utilizar como base de seus negócios. Atualmente também contratou seguranças para cuidar do patrimônio dos lojistas, onde a água destruiu tudo.

A Acisci também está ajudando a Prefeitura de Cachoeiro a limpar as ruas do comércio no centro, com máquinas e caminhões para retirar os entulhos.