Dia dos Direitos Humanos é celebrado em Cachoeiro com manifestos - Jornal Fato
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Dia dos Direitos Humanos é celebrado em Cachoeiro com manifestos

Objetivo do "Direitos Humanos na Praça!" é lembrar que todas as pessoas devem ser respeitas


Para comemorar o Dia Mundial dos Direitos Humanos, grupos ativistas se reuniram na manhã desta terça-feira (10), na Praça Jerônimo Monteiro, em Cachoeiro de Itapemirim. Objetivo do "Direitos Humanos na Praça!" é lembrar que todas as pessoas devem ser respeitas e ter seus direitos garantidos.

Além do Conselho das Mulheres, estiveram no evento o Centro de Defesa de Direitos Humanos (CDDH), o poder judiciário, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), o projeto Mova-se, dentre outros.

"Neste dia, o Conselho Municipal de Direitos Humanos, em parceria com a prefeitura, não poderia deixar de promover este evento. Vários órgãos que militam na área de defesa dos direitos da pessoa, individuais e coletivos, são representados por todos nós", menciona José Carlos Gualberto, gerente de Direitos Humanos da Semdes.

Para José Antônio Souto Siqueira, coordenador do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pedro Reis, esse dia também é dedicado para que as pessoas reflitam sobre seus deveres como cidadãos, além de ser um evento que liga culturas.

"Direitos Humanos na Praça é uma tradição em Cachoeiro, que objetiva o exercício de reflexão, de debater o sentido da vida e de respeito ao ser humano, independentemente da sua condição: homem, mulher, negro, índio, branco, com ou sem deficiência, não importando sua orientação sexual ou religiosa", diz.

 

Pelo fim da violência contra as mulheres

Em todo o país aconteceu o "16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres". A campanha começou em 20 de novembro e terminou dia 10 de dezembro, marcando o Dia Mundial dos Direitos Humanos.

Em Cachoeiro, integrantes do Conselho da Mulher realizaram um manifesto afim de mobilizar as pessoas que passavam pela praça, para o engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres e meninas.

Segundo Marilene Depes, presidente do Conselho da Mulher, o movimento acontece porque as mulheres continuam sofrendo violência. "Elas não estão sendo respeitadas, estão sendo mortas, estupradas em todo o mundo. É por isso que estamos aqui. Não existe diferença entre mulher e homem, além da força física. Todos são iguais e devem ser tratados com respeito", comenta.

A mulher deve procurar a Delegacia da Mulher, o CREAS, CRAS, o Ministério Público, ou outra ajuda. "Ela não deve aceitar nenhum tipo de violência, seja oral, física ou sexual", complementa Depes.

A vereadora Renata Fiório ressalta que o grupo está nas ruas se mobilizando pelas causas da mulheres, mas também por outras.

"Nós estamos nas ruas pelos Direitos Humanos de modo geral, mas principalmente pelo fim da violência contra a mulher. Todas as violências, das físicas àquelas que não deixam marcas no corpo, mas marca a alma. Também lutamos pelo fim da violência contra o idoso e a criança", diz.

Apac

Participou também do evento, a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC).

Marcos Vinicius Silva Louzada, Supervisor de Oficinas da instituição, comentou que a APAC é uma importante instituição representada pelos Direitos Humanos, que recupera pessoas que cometeram algum crime.

"Junto aos Direitos Humanos, a APAC é uma unidade prisional que cumpre as leis de execuções penais ao pé da letra. Expusemos no evento os artesanatos produzidos pelos recuperandos, no setor de laborterapia, onde eles podem meditar, e pensar que a mesma mão que cometeu o crime, é a mesma mão que pode produzir coisas bonitas", finaliza.

Mova-se - Mobilidade

O vereador Diogo Lube, que é também relator da Comissão de Direitos Humanos, falou que o Dia Mundial dos Direitos Humanos também é dia de lamentar a falta de mobilidade urbana, que prejudica a locomoção das pessoas que têm alguma deficiência física.

"Este dia tem um propositura ampla, para todos aqueles que de fato precisam de atenção e onde os Estados não chegam. E aqui em Cachoeiro tem várias minorias que são excluídas, e uma delas é o movimento Mova-se, que luta por acessibilidade. A gente sabe que existe uma Lei Federal que não é cumprida em lugar nenhum do país e essas pessoas sofrem para, até, se locomover", fala.

 

Dia Mundial dos Direitos Humanos

O Dia Mundial dos Direitos Humanos é comemorado desde 1950, dois anos depois da instituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O objetivo do documento instituído em 10 de dezembro de 1948 era formar uma base para os direitos humanos em todo o mundo e representar uma mudança de direção a partir de eventos como a Segunda Guerra Mundial e o colonialismo que imperava na época.

Em 1950, todos os Estados-nação e organizações com interesse nos direitos humanos foram convidados a comemorar o dia 10 de dezembro como Dia dos Direitos Humanos.

 

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