Dia do Historiador: professor palestra sobre a Anistia - Jornal Fato
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Dia do Historiador: professor palestra sobre a Anistia

O evento será hoje, no Centro Universitário São Camilo


Foto: reprodução/Facebook

Em comemoração ao Dia do Historiador, o professor e doutor em História Social, Pedro Ernesto Fagundes, irá realizar uma palestra, das 18h30 às 22h00 desta segunda-feira (19), no Centro Universitário São Camilo, em Cachoeiro de Itapemirim.

O tema da palestra é o título de seu mais novo livro, que será lançado durante o evento: "Anistia: Das mobilizações das mulheres na ditadura militar às recentes disputas sobre o passado". O evento é gratuito e destinado a professores e acadêmicos de história e a outras pessoas que tenham interesse em participar.

 

O livro

A obra aborda questões delicadas relativas a fatos importantes dos 40 anos da Lei da Anistia. O livro analisa as atividades dos grupos e organizações que tomaram parte dos movimentos e das manifestações . São abordados os primeiros clamores pela Anistia, desde os anos 1960, passando pelas grandes mobilizações da segunda década de 1970. Essa obra analisa ainda as recentes disputas de narrativa sobre nosso passado autoritário. Na atual conjuntura, emergem grupos da extrema-direita que buscam estabelecer uma versão "paralela" da história da Ditadura Militar brasileira. Os documentos que fundamentam esta obra pertenciam ao acervo do Serviço Nacional de Informação (SNI). Os chamados documentos da repressão serviram para comprovar atos subversivos, na atualidade, converteram-se em fonte para resgatar o itinerário político das ativistas e entidades que comandaram as mobilizações pela Anistia. Destaque para a trajetória de muitas militantes que, nas últimas décadas, vivenciaram uma situação de "invisibilidade política". Essa é a situação de algumas das dirigentes do Movimento Feminino Pela Anistia (MFPA) e do Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA). Abordar essas mobilizações sob a perspectiva das suas principais ativistas motivou uma escolha: na redação do livro nos referimos, na maioria das situações analisadas, as personagens e entidades sempre no feminino. Essa opção, além de um estilo de escrita, tem um caráter político: ressaltar a participação das mulheres na transição política brasileira.

 

O palestrante

Pedro Ernesto Fagundes é doutor em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É professor do Departamento de Arquivologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e professor permanente do Programa de Pós-graduação em História (PPGHIS - UFES). Membro da Comissão de Altos estudos do Memória Reveladas - Centro de Referência das Lutas Políticas do Brasil (1964-1985). No momento ocupa o posto de Coordenador da Comissão da Verdade da UFES. Coordena o Núcleo de História Oral e Imagem do DEPARQ/UFES, projeto contemplado com recursos do CNPQ/FAPES (Edital PPP/2011). Atua como líder do Grupo de estudo sobre Repressão Política no Espírito Santo. Tem interesse nos seguintes temas: Ditadura Militar Brasileira; Universidades e repressão; Acervos dos orgãos de repressão política; Memória Política; História Política.

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