Fera dos tatames "finaliza" tudo em Vitória - Jornal Fato
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Fera dos tatames "finaliza" tudo em Vitória

Vitor Teixeira Santos, de 19 anos, atleta da GFTeam Cachoeiro, emplaca vários pódios em recentes torneios de jiu-jitsu na capital; inclusive na categoria absoluto, onde encara pesos pesados


- Divulgação

Técnica e inteligência para superar a força. Um dos princípios básicos do jiu-jitsu brasileiro, arte marcial reconhecida por sua eficiência, desenvolvida há mais de um século pela família Gracie, é colocado em prática de forma fiel pelo jovem atleta Vitor da Silva Teixeira Santos.

Dezenove anos de idade, 1,71 metro e 79 quilos, Vitor encara "brutamontes" até 30 quilos mais pesados, na categoria absoluto, e vem colecionando resultados expressivos.

Venceu tudo que disputou, incluindo a absoluto, no Vitória International Cup, concluído no dia 21 de maio, na capital. E, agora, no último fim de semana, na mais recente competição de jiu-jitsu realizada em Vitória, foi campeão na modalidade sem kimono e vice-campeão com kimono, em sua categoria (peso médio).  

 

 

Atualmente, o garoto prodígio representa a academia GFTeam Cachoeiro, onde é treinado pelo mestre Raphael Cardoso "Cachorro". Vitor, que é natural do Vale do Ribeira, região sul do Estado de São Paulo, reside já há alguns anos em Cachoeiro de Itapemirim, onde parte de sua família se radicou.

Competidor nato, sua disciplina e dedicação aos treinos vêm de berço. Estimuladas pelo pai, o engenheiro Rodrigo dos Santos, que é faixa-preta de jiu-jitsu e marrom de judô. Vitor, cujo primeiro contato com o jiu-jitsu se deu aos seis anos de idade, desde muito pequeno se destaca, assim como o irmão mais velho, Ryan da Silva Teixeira Santos, de 21 anos. Ambos foram campeões brasileiros de jiu-jítsu infanto-juvenil.

Mas a base dos Teixeira dos Santos não é construída apenas com o jiu-jitsu. Quando residiam em São Paulo, tiveram a oportunidade de treinar judô direto "na fonte". Nada menos do que na pioneira academia Irmãos Ono, no Vale do Ribeira, onde a cultura japonesa é bem presente e há "um judô muito forte", frisa Rodrigo. Tiveram como mestres na tradicional arte marcial nipônica o advogado Hikuhaku Sioia e José Nobaro, formados faixas-pretas na academia Ono.

 

 

O pai, grande incentivador, não poupou esforços para a formação de Vitor e Ryan. Tanto que os irmãos foram treinados por alguns dos principais nomes do jiu-jitsu. Entre eles, Luciano Ribeiro (faixa-preta do lendário mestre Pedro Hemetério) e, inclusive, membros da ilustre família Gracie (Royler, na foto abaixo, e Rolker Gracie).

 

Vitor, além de frequentar a faculdade de Arquitetura, foca nos treinos visando o mundial de jiu-jitsu no próximo ano, na Califórnia. E o irmão, estudante de Direito, que largou um pouco a luta para se dedicar ao curso, planeja voltar a treinar em breve. Bom para Cachoeiro de Itapemirim, que pode contar com mais dois representantes de peso em competições de jiu-jitsu, inspiração para a garotada que está começando.

 

por Marcos Leão

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