Exemplos de mães que inspiram - Jornal Fato
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Exemplos de mães que inspiram

No cotidiano hospitalar, são vários os exemplos de mães que acompanham ou estão sendo acompanhadas por seus filhos


Foto: Divulgação

No cotidiano hospitalar, são vários os exemplos de mães que acompanham ou estão sendo acompanhadas por seus filhos durante o momento delicado que envolve uma internação.

 

Maria Auxiliadora e Renzo - Mãe e filho superam adversidades e vencem batalhas diariamente

Desde novembro do ano passado, a jornalista Maria Auxiliadora Gonçalves, de 54 anos, acompanha de perto o filho Renzo Gonçalves Caliman, de 30 anos, no Hospital Estadual Central (HEC), em Vitória. Mas esse é apenas o capítulo mais recente da longa história de luta e superação de mãe e filho.

Quando tinha apenas cinco anos, Renzo foi atropelado e ficou gravemente ferido. Ele ficou em coma por cerca de um mês e apresentou sequelas neurológicas, o que mudou completamente sua vida. Criado em Venda Nova do Imigrante, ele e a mãe deram início a uma jornada de reabilitação fora da cidade.

Passaram por centros de reabilitação em Brasília e Belo Horizonte, além de meses indo e voltando de Vila Velha, enquanto faziam acompanhamento no Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes). "Foi assim até que vimos que tinha um quadro estabelecido e teríamos uma vida normal dentro das limitações dele. Apesar de todas as sequelas, ele cresceu fazendo travessuras, brincando no quintal, andando de carrinho de rolimã, sempre com limitações, mas nunca parou", contou Maria Auxiliadora. 

 

Maria Auxiliadora e o filho, Renzo, aos 5 anos 

 

Em 2015 a família descobriu que Renzo estava com um tumor cerebral. Ele voltou a ser hospitalizado e precisou passar por várias cirurgias. Já no final do último ano, ele foi encaminhado para o Hospital Estadual Central, para continuar tratando do tumor. Desde então, Renzo permanece internado e não voltou mais para casa.

Durante todos esses anos, Maria Auxiliadora nunca abriu mão de ficar perto do filho, mas sempre conciliando a vida pessoal e o trabalho. "Sempre tentei adequar o meu trabalho à minha rotina, me organizar. Já levei muito o Renzo para o trabalho comigo. Ele me acompanhou em várias ocasiões, era meu companheiro. Depois do tumor eu não conseguia levá-lo mais, porque ele parou de andar, mas até então ele me acompanhava muito. Ele teve uma vida intensa, apesar de todas as limitações dele", afirmou. 

 

Maria Auxiliadora e Renzo já adulto 

E é assim que a jornalista e mãe de dois filhos - além do Renzo, ela tem uma filha chamada Giulia, de 29 anos - vai levando a vida, um passo de cada vez. "Eu sempre procurei me manter tranquila, porque sou o porto seguro dele. Não está sendo fácil, porque a internação está muito longa. Eu vou para Vitória e volto para Venda Nova. Passei por várias fases complicadas, me ausentei muito do trabalho, mas meus filhos são prioridades para mim, sempre foram, ainda mais o Renzo sendo especial. Mesmo no hospital, vou passar esse Dia das Mães na companhia deles", destacou.

 

Ericka Chiste - Mãe enfermeira inspira profissional do Hospital Dr. Jayme Santos Neves

No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, o sonho da enfermagem transformou mãe e filha em colegas de trabalho. A gerente da Unidade Materno-Infantil, Ericka Chiste, se inspirou na mãe, enfermeira, e atualmente ocupa um cargo de destaque na unidade.

"Eu via minha mãe todos os dias sair de casa para trabalhar e, apesar da pouca idade, ela era uma referência para mim. Lembro do orgulho que eu sentia com as histórias contadas por ela. Aos cinco anos, eu calçava o seu sapato e colocava sua bolsa nos meus ombros e falava para todo mundo que eu ia trabalhar no Hospital Infantil, onde ela trabalhava", contou Ericka Chiste.

A enfermeira cresceu e o sonho de seguir a carreira da mãe continuou. Ela fez o curso técnico de enfermagem e, em seguida, o curso superior. Como enfermeira, Ericka e a mãe dividiram a mesma profissão e também o local de trabalho.

"Depois de formada, chegamos a trabalhar juntas. Dividimos o plantão na unidade de pediatria do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Bernardino Alves (Himaba), ela foi uma excelente professora. A profissão nos tornou mais próximas, mais unidas", declarou.

Hoje, Ericka vê dentro de casa a filha seguindo os seus passos. "Quando perguntam às minhas filhas, a mais velha costuma dizer que será enfermeira de bebês", disse a gerente da Unidade Materno-Infantil.

Ericka Chiste é enfermeira, gerente da Unidade Materno-Infantil do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves. A área é referência em gestação de alto risco para todo o Estado e conta com 60 leitos destinados à maternidade e 40 leitos para a Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN).

 

Ivani e Lays - Mãe e filha compartilham amor pela profissão

Este ano o Dia da Enfermagem e do Enfermeiro é comemorado em 12 de maio, mesmo dia em que será comemorado o Dia das Mães. A escolha da profissão é um momento desafiador, afinal, é o que define o futuro de alguém. No caso da enfermeira Lays Amanda Von Rondow da Silva, de 21 anos, a profissão veio como herança.

A jovem, que encara sua primeira experiência de emprego na área, convive desde cedo com a profissão. A mãe dela, Ivani Monteiro Von Rondow da Silva, atuou como técnica de enfermagem durante anos até concluir a faculdade de enfermagem. "Eu sempre fui familiarizada a esse ambiente, porque eu cresci com ela trabalhando nessa área. Pensei em outros cursos, mas nenhum era o que eu queria, aí eu falei: vou tentar enfermagem, vai que dá certo? Já estava no sangue", comenta.

 

Lays Amanda e a mãe, Ivani Monteiro, no dia da formatura 

Hoje,as duas trabalham no Hospital Estadual Central - Benício Tavares Pereira (HEC), em Vitória, em turnos e setores diferentes, mas compartilham o amor pela profissão. Para Ivani, é um privilégio ter filhos seguindo seus passos. "Eu me sinto honrada por vê-la trilhando o mesmo caminho que o meu. A Lays é muito nova e sempre se interessou muito pelos estudos. Eu nunca quis influenciar na escolha dela, mas acho que com a convivência ela acabou se identificando", acrescenta.

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