Formando campeões - Jornal Fato
Entrevista

Formando campeões


 

por Dayane Hemerly - [email protected]

 

O subir da Bandeira do Brasil juntamente com o hino Nacional, é uma emoção sem igual para quem ama o esporte e é brasileiro

 

Pedro Paulo Corrêa é professor na Secretaria Estadual de Educação do Espirito Santo, na empresa Academia judô Clube Cachoeiro e professor na empresa CEntro Universitário São Camilo - ES. 

 

Também já foi técnico da seleção de base do Brasil de judô por duas vezes, a primeira vez Sul Americano estudantil em Medellin, na Colômbia, no ano de 2006 e no Sul Americano sub 13 em Buenos Aires, na Argentina, no ano de 2011.

 

Pedro fala ao Jornal ES de Fato sobre sua trajetória e sobre as Olímpiadas de 2016.

 

Confira a entrevista

 

 

Jornal Fato - Como foi o início da sua história no judô?

 

Pedro Paulo - Ainda como estudante, em Cachoeiro, sempre gostei de Lutas, mas não praticava o Judô por não ter nenhuma academia na cidade. Quando fui fazer Pré-vestibular em Vitória, comecei a praticar o judô e em seguida na Faculdade de educação Física, na Ufes, sempre me dediquei e logo veio as promoções de faixa, monitorias para alunos na faculdade, convite do meu professor para trabalhar em sua Academia. Formei-me em Educação Física, vim para Cachoeiro e aqui comecei a trabalhar como professor de Educação Física e especificamente como Professor de Judô no SESI. Na época eu tinha cerca de 320 alunos. Era novidade na cidade e eu tinha que dar conta e me aperfeiçoar cada vez mais. Como não comecei a praticar o Judô ainda na fase de criança e adolescente, tive que me empenhar de outras formas. Ser um estudioso do Judô, aproveitar as oportunidades, sempre me reciclando, e com isso veio as graduações até chegar a faixa preta e já vou para o quinto dan. Essas reciclagens eu fazia duas vezes por semana em Vitória na faculdade de Educação Física ou na Academia do meu professor sensei Adelino. Mas quem me deu muito apoio também aqui em Cachoeiro, foi o ex Judoca Tiago de melo Jaques, que na época era da seleção brasileira, parou por um acidente provocado por um Cubano e o Tiago estava morando em Cachoeiro e trabalhando com o Pai. Foi uma parceria muito boa. Aprendi muito com ele. Em 1990 com a minha saída do SESI fundei o Judô Clube Cachoeiro que ao longo desses anos formei atletas com títulos nacionais e internacionais, formei 18 Faixas Pretas, que hoje, alguns, estão no mercado de trabalho dando aulas de Judô em Escolas ou Academias.

 

Há quanto tempo você está nesse esporte?

 

R - Estou no judô há 26 anos, formando campeões no tatame e na vida.

 

Você foi técnico da seleção brasileira de base de judô? Por quanto tempo?

 

R- Fui técnico da seleção de base do Brasil em dois eventos. Primeiro, foi o Sul Americano estudantil em Medellin na Colômbia, no ano de 2006. Brasil sagrou-se Campeão e tínhamos nessa seleção dois atletas do Judô Clube Cachoeiro sendo medalhas de Prata e Bronze. O segundo evento foi o Sul Americano sub 13 em Buenos Aires, na Argentina, no ano de 2011. Brasil Campeão. Tínhamos a atleta Samara Contarini do Judô Clube Cachoeiro sagrando campeão Sul Americana. Foi nesse ano que a Samara começou a conquistar títulos internacionais e nacionais.

 

Ser Técnico de Uma seleção Brasileira é um peso muito grande, uma responsabilidade de estar representando uma nação, e toda vez que os (as) atletas do Brasil conquistavam o lugar mais alto do pódio e ao subir a Bandeira do Brasil juntamente com o hino Nacional, é uma emoção sem igual para quem ama o esporte e é brasileiro.

 


Há algum momento que te marcou mais na sua carreira?

 

R - O que me Marcou foi ser Técnico de seleção Brasileira, e ver meus atletas conquistarem títulos Brasileiros e internacionais.

 

Mas teve um momento marcante fora do Tatame. Foi receber uma faixa Preta do nosso querido atleta Patrick Teodoro (TUKA). Antes de ir ao encontro de nosso Pai, em uma das visitas que o fiz, ele me chamou e me entregou uma faixa Preta que trouxe do Japão para ele quando esteve treinando na kodokan, no ano de 2000 e 2001 (maior centro de judô do mundo e onde foi fundado o esporte). O Patrick me entregou e pediu que a usasse por ele. Dias depois ele se foi. Eu uso essa faixa de vez em quando e tenho muito orgulho e carinho por ela. Não é uma faixa Preta qualquer comprada em lojas. Essa tem carinho, respeito, emoção, hierarquia e me foi confiada.

 

 

O foco deste ano é, sem dúvida, a Olímpiada no Rio de Janeiro. Como você considera o desempenho dos judocas para esta Olímpiada?

 

R - Vamos receber um celeiro de grandes atletas de todo o mundo. O Judô tem se difundido e tem resultados em muitos países. Temos uma tradição dos nossos judocas subir no Pódio em todas as olimpíadas. Acredito que nossa equipe está bem preparada para repedir o feito. Temos grandes nomes como o da Campeã olóimpica sara Menezes, Tiago Camilo, Kitadai, Rafaela Silva entre outros. Contamos com nossa torcida que é mais um adversário para os visitantes. 

 

A Seleção Brasileira de Judô masculino e feminino está sempre em competições internacionais, desafios e treinamentos dentro e fora do Brasil. isso é uma preparação muito diferenciada e acredito no sucesso.

 

Quem puder ir ver de perto o evento, terá uma oportunidade impar na vida.

 

Dia 16 de Maio a tocha Olímpica passará por Cachoeiro, e eu serei um dos condutores da tocha em um determinado percurso organizado pelo comitê olímpico. Essa será mais uma emoção em minha vida.

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