O ano letivo de 2022 começa no mês de fevereiro e as escolas se preparam para um novo desafio: a volta às aulas com totalidade de alunos, sem revezamento. Em escolas públicas estaduais e de alguns municípios, como Guaçuí, Anchieta, Mimoso do Sul e Itapemirim, as aulas iniciam no dia 03. Já em Cachoeiro de Itapemirim, os alunos terão um tempinho à mais de férias, voltando as atividades escolares no dia 07 de fevereiro.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação de Cachoeiro de Itapemirim, o retorno 100% presencial, será feito com todas as normas contra Covid-19, previstas na última portaria da Sesa. A Seme destaca ainda que mudanças de planos ocorrerão apenas se novas normas forem decretadas.
O mesmo diz a Secretaria de Educação de Guaçuí, que se prepara para manter todos os protocolos de segurança estabelecidos na legislação vigente. ?Guaçuí manterá o ensino remoto em alguma escola, somente se houver alguma orientação da Secretaria de Estado da Saúde que impeça o retorno?, explica a secretária do município, Sayonara Gil.
Distanciamento, higiene e cuidados
Com o retorno das aulas presenciais algumas medidas de higiene e cuidados são necessárias para tentar evitar o contágio pelo Coronavírus, entre eles, a Secretaria de Educação de Mimoso do Sul enfatiza a necessidade de utilização de álcool em gel, uso de máscaras faciais, distanciamento entre os alunos nas salas de aula e aferição de temperatura.
Em Anchieta, a Educação informou que prepara a volta as aulas com reforço nas medidas sanitárias, contudo não detalhou as novas ações. No município de Ibatiba, a Secretaria de Educação informa que nas salas de aula, será mantido o distanciamento determinado pelo Governo do Estado, o que foi diminuído, inclusive, no final de 2021. E também é obrigatório o uso de máscaras e álcool gel.
Já em Muniz Freire, a Secretaria de Educação garante que as salas de aula comportam o distanciamento permitido em portaria. Também está sendo reorganizado os espaços, com previsão de recreios escalonados para evitar a aglomeração.
Em sala de aula as carteiras devem estar sempre dentro de uma área de 1,20 m2 nas turmas de Ensino Fundamental e numa área de 1,5 m2 nas turmas da Educação Infantil conforme orienta a portaria conjunta Sesa/Sedu nº 07-R, de 06 de outubro de 2021.
E em Itapemirim, além de manterem os protocolos sanitários orientados pela Vigilância Sanitária, a Secretaria de Educação se prepara para orientar as famílias que, em caso de qualquer vestígio de síndrome gripal, encaminhe logo a criança ao médico e suspenda as atividades escolares.
Planejamento
De acordo com a Sesa, antes das atividades pedagógicas, as equipes escolares vão participar da Jornada de Planejamento Pedagógico (JPP), entre os dias 31 de janeiro e 02 de fevereiro, com o objetivo de orientar os professores, organizar as atividades pedagógicas durante o ano letivo e buscar métodos para melhorar a aprendizagem dos alunos.
Municípios também se organizam para uma volta segura dos alunos. Como é o caso de Muniz Freire, onde o calendário escolar para o ano de 2023 foi aprovado pelo Conselho Municipal de Educação e segue com o planejamento normal. Todas as escolas passarão pelo mesmo processo do ano de 2021, com realinhamento e construção da PEPEC (Regras de segurança contra a COVID), monitoramento da Escola Segura .
E em Mimoso do Sul, há dois anos o município instituiu o Plano Estratégico de Prevenção e Controle, composto inicialmente por 96 itens, seguindo as normativas da SESA (Secretaria de Estado da Saúde) e SEDU (Secretaria de Estado da Educação).
Cartão de Vacina
Desde a liberação da vacina contra a Covid-19 para adolescentes e crianças, um assunto que vem gerando dúvidas é quanto a exigência da apresentação do cartão de vacinação no ato da matrícula escolar.
A Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu) informou ao jornal FATO que continua seguindo o que estabelece a Portaria 004-R, de 9 abril de 2019. O documento orienta a Escola para que o responsável do aluno apresente uma cópia do cartão de vacinação ao efetivar a matrícula na unidade de ensino. Ainda de acordo com a Sedu, a exigência é para todas as redes de ensino no Estado.
Em Cachoeiro de Itapemirim, por exemplo, tanto escolas municipais quanto estaduais exigem o cartão de vacinação no ato da matrícula. A Secretaria de Educação do município enfatiza ainda que, cartão de vacina deverá estar completo, inclusive com a vacina covid para crianças, conforme vacinação disponível.
Ibatiba também confirmou que no caso da Covid-19, assim que as crianças da faixa etária correspondente às escolas municipais começarem a ser vacinadas, a vacina será exigida, assim como exige que o Cartão Vacinal da criança esteja em dia, ou seja, para todas as vacinas.
No entanto, apesar da obrigatoriedade do comprovante de vacinação no ato da matrícula, alguns municípios divergem quanto a exigência da vacina contra a Covid-19.
Como é o caso de Itapemirim, que apesar de destacar que exige a apresentação do cartão de vacina dos alunos, afirma que não há a devida obrigação de imunização da Covid -19.
E em Muniz Freire, a exigência da vacinação ainda está sendo discutida pelo município junto com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), para seguirem normas em comum.