Em entrevista exclusiva ao Jornal FATO a ex-diretora da Escola Estadual Santa Cecília, Roberta de Cássia Louzada Lopes Benincá, comenta sobre a manifestação realizada pelos pais e comunidade no último sábado (15), contra seu afastamento do cargo. Sua exoneração como diretora saiu no Diário Oficial desta segunda-feira (17).
Na opinião dos pais ouvidos pelo FATO no último sábado (15), Roberta é uma profissional exemplar e sua saída da escola não seria benéfica para os alunos e desagradaria a comunidade. Um abaixo assinado com cerca de 500 assinaturas foi colhido para pedir que a diretora ficasse.
?Só tenho a agradecer aos pais e à comunidade todo o carinho com meu trabalho. Reunir cerca de 500 assinaturas, em um sábado de verão e férias não é fácil conseguir, e para mim já é prova de que meu trabalho fez a diferença. Por isso só tenho a dizer muito obrigado a todos pelas manifestações pacíficas para me ajudar?, revela a ex-gestora.
O objetivo dos pais e comunidade, organizados, era reverter a situação com o abaixo assinado, realizado no final de semana. Porém a decisão já havia sido determinada pelo Secretário Estadual de Educação.
?Recebi com muita surpresa a publicação no Diário Oficial, sendo que há 5 anos me dedico à escola que obteve grandes avanços e meu trabalho chegou até mesmo a ser pontuado com nota 100?, desabafa Roberta, que também conta que assumiu o cargo de gestão após ser aprovada em um processo seletivo. Ela é professora estadual.
Roberta ainda concluiu: "Acredito na educação pública de qualidade, e independente de qualquer lugar que eu esteja exercendo minha função, estarei dedicando todo meu trabalho para que isso aconteça", finaliza.
Roberta contou ao FATO que se ausentou do trabalho em virtude de licença maternidade em 2021. Ao retornar em setembro, continuou trabalhando e disse ter recebido com grande surpresa a notícia do seu afastamento na sexta-feira da outra semana(07).
?Fiquei sabendo que o motivo do afastamento eram denúncias anônimas, feitas durante minha licença maternidade. Algumas dando conta de que eu cobrava o uso do uniforme e outras de que a comunidade e profissionais da educação não queriam minha permanência no cargo por estarem insatisfeitos com meu desempenho?, conta Roberta.
Para os pais, tratam-se de denúncias anônimas infundadas e sem apuração, pois todos se dizem satisfeitos com o trabalho da escola. "A comunidade, pais de alunos e ex-alunos, alunos e ex-alunos, conselho escolar estão indignados com a possibilidade da exoneração sem qualquer justificativa plausível, sendo que a escola vinha dando bons resultados", desabafa um dos pais de alunos.
Nossa reportagem procurou a Superintendência Regional de Educação e a Secretaria Estadual de Educação para obter alguma informação ou posicionamento sobre o caso, e até o momento não tivemos retorno.