Nos tempos áureos considerada a maior do ramo na América Latina, a Viação Itapemirim, pioneira na utilização de ônibus de três eixos no Brasil, batizados posteriormente de "Tribus", teve a falência decretada pela Justiça de São Paulo em setembro do ano passado.
Na tarde de ontem (06), foi concluído o leilão referente ao processo, para o pagamento de credores.
Destaque do certame, a antiga sede do grupo em Cachoeiro de Itapemirim, com mais de 490 mil metros quadrados em área nobre na região central da cidade, compreendeu o bem mais valioso ofertado: foi arrematada por cerca de R$ 56 milhões. O vencedor do leilão não teve a identidade revelada, contudo.
Compondo a massa falida, diversos outros imóveis em Cachoeiro (na maioria), Guarapari (antiga rodoviária), Vitória, Rio de Janeiro, Curitiba, na Bahia e até no Piauí, além de carros, caminhões e ônibus (alguns, históricos) também integraram o certame, que teve arrecadação estimada em R$ 77,2 milhões, de acordo com o jornal Diário do Transporte.
Dívidas
Fundado pelo empresário Camilo Cola em 1946, o Grupo Itapemirim estava em recuperação judicial desde 2016.
Acumula dívidas de mais de R$ 2 bilhões, valor que engloba débitos trabalhistas, tributários, com bancos, com fornecedores, em ações judiciais, entre outros.
O leilão realizado nesta quarta-feira atende a pedido no processo da administradora judicial.
Nova Itapemirim/Suzantur
Empresa paulista que atuava no ramo de fretamento e trabalha com ônibus urbanos em cidades do ABC criou a Nova Itapemirim/Suzantur para operar linhas interestaduais do falido Grupo Itapemirim, por meio de arrendamento com autorização judicial.
A Nova Itapemirim/Suzantur não tem responsabilidade quanto às dívidas do antigo Grupo Itapemirim.
E no fim de novembro conseguiu, enfim, reativar o tradicional guichê na Rodoviária Gil Moreira, em Cachoeiro, que ficou fechado por um ano.
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