Ufes anuncia a implantação do Polo de Fruticultura do Caparaó - Jornal Fato
Economia

Ufes anuncia a implantação do Polo de Fruticultura do Caparaó

O projeto atende 11 municípios da região e tem investimento de R$ 4 milhões, recurso conseguido pela senadora Rose de Freitas junto ao Ministério da Agricultura


- Foto: Ilustrativa.

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) anunciou oficialmente na tarde desta quinta-feira (1º), em live no YouTube, a implantação do Polo de Fruticultura na região do Caparaó. O projeto conta com investimento de R$ 4 milhões, dos quais R$ 730 mil já foram liberados. O recurso, que veio do Ministério da Agricultura, é resultado do trabalho da senadora Rose de Freitas (MDB-ES) em Brasília. 

 

Serão beneficiados agricultores familiares de 11 municípios do Caparaó: Divino de São Lourenço, Alegre, Guaçuí, Ibitirama, Iúna, Jerônimo Monteiro, Dores do Rio Preto, Ibatiba, Irupi, Muniz Freire e São José do Calçado. A maioria da população da região vive em área rural e tem na agricultura familiar o principal meio para fomentar a economia local. 

 

Além de originar renda para o pequeno produtor agrícola, o Polo de Fruticultura vai contribuir na geração de empregos, tanto no campo, pelas atividades de plantio e colheita, quanto nas cidades, pela comercialização e industrialização dos produtos que passarão a ser cultivados.

 

"O projeto é um sonho. Tivemos de batalhar muito no Ministério para fazer o recurso chegar mesmo. É uma iniciativa absolutamente necessária para o Caparaó: estamos falando de emprego, renda e investimento", disse a senadora Rose, saudando o atual reitor da Ufes, Paulo Sérgio Vargas, e relembrando a parceria com o ex-reitor Reinaldo Centoducatte, bem como apoio do ex-superintendente federal de Agricultura no Estado Dimmy Barbosa.

 

Durante a live, a senadora Rose recebeu uma mensagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e transmitiu aos participantes. "Ela (a ministra) pediu para dizer que podemos contar com o apoio do MInistério. Que ela acredita no projeto", iniciou Rose. E leu as palavras da ministra: "Em tempos difíceis, também acontecem coisas boas. E vocês, neste momento, estão mostrando isso para o Espírito Santo. Vou levar este trabalho como exemplo da insistência e persistência".        

 

O reitor Paulo Sérgio Vargas agradeceu todo o apoio da senadora e ressaltou que o projeto, "mesmo em meio a uma acelerada tragédia humanitária, vem para impulsionar o desenvolvimento econômico, desenvolvimento científico e tecnológico, e promover impactos positivos na vida das pessoas".

 

Etapas - O Polo de Fruticultura do Caparaó se desenvolverá em quatro etapas. Na primeira, acontece o diagnóstico da aptidão agrícola da região para a fruticultura. Em seguida, a melhoria da infraestrutura para a capacitação dos envolvidos. A terceira etapa será de instalação das unidades demonstrativas de frutíferas nos 11 municípios envolvidos. E, por fim, a realização de minicursos e dias de campo para capacitação dos envolvidos em toda região abrangida pelo projeto.

 

O Polo de Fruticultura será coordenado pela UFES em parceria com a Embrapa Mandioca e Fruticultura. E terá participação de outras instituições como o Incaper, sindicatos e prefeituras. Em cada município serão instaladas pelo menos três Unidades de Referência Tecnológica (URTs), com fruteiras de acordo com o diagnóstico local. As principais fruteiras são abacate, abacaxi, acerola, banana, citros, goiaba, mamão, manga, maracujá, pêssego e uva.

 

Trabalho de Rose -  O trabalho da senadora Rose para que o Polo de Fruticultura no Caparaó se tornasse realidade começou em 2017. Foram diversas reuniões no Ministério da Agricultura, em Brasília, além da visita de ministros no Estado, a convite da parlamentar, para tratar deste e outros assuntos relacionados à agricultura capixaba. 

 

A carta de intenção do Governo Federal em apoio ao projeto foi assinada em março de 2018 pelo ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória. Em 2019, a ministra Tereza Cristina assumiu as negociações e autorizou o convênio, garantindo a liberação do investimento.

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