Governo Central tem déficit de R$ 38,8 bilhões em junho

Resultado do mês foi melhor que expectativas do mercado

26/07/2024 14:48
Governo Central tem déficit de R$ 38,8 bilhões em junho /Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Governo Central - que reúne Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - apresentou déficit prima?rio de R$ 38,8 bilhões em junho, informou hoje (26) o Ministério da Fazenda. Segundo a pasta, o resultado do me?s foi melhor que as expectativas do mercado financeiro, que indicavam déficit de R$ 40,9 bilhões. O resultado também foi inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de R$ 45,1 bilhões em termos nominais.

Em junho, o Tesouro Nacional e o Banco Central ficou superavita?rios em R$ 6,1 bilhões, enquanto a Previde?ncia Social  (RGPS) apresentou déficit prima?rio de R$ 44,9 bilhões. Comparado a junho de 2023, o resultado prima?rio observado decorre da combinação de aumento real de 5,8% (R$ 8,8 bilhões) da receita líquida e de aumento real de 0,3% (R$ 657,5 milhões) das despesas totais.

Em relação às despesas, a Fazenda informou que, no comparativo com junho do ano passado, houve uma redução de R$ 7,1 bilhões nos pagamentos de Benefícios Previdencia?rios, devido à diferença nos calenda?rios de pagamentos do 13º sala?rio da previde?ncia social entre os anos de 2023 e 2024.

O ministério disse ainda que as rubricas que mais contribuíram para o aumento das despesas foram as discriciona?rias e obrigatórias com controle de fluxo, que somaram juntas R$ 5,6 bilhões. Ambas em razão, majoritariamente, de aumentos de ações na função Sau?de, de R$ 5 bilhões.

Também contribuíram para o aumento das despesas o pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC), na ordem de R$ 1,3 bilhão, devido ao aumento do nu?mero de beneficia?rios e pela política de valorização do sala?rio-mínimo, além de créditos extraordina?rios de R$ 1,2 bilhão explicados por ações de enfrentamento da calamidade do Rio Grande do Sul.

No acumulado de janeiro a junho de 2024, o Governo Central atingiu um déficit prima?rio de R$ 68,7 bilhões, ante um déficit de R$ 43,2 bilhões no mesmo período de 2023, em termos nominais.

O saldo é composto por supera?vit de R$ 129,5 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e por déficit de R$ 198,2 bilhões na Previde?ncia Social (RGPS). Em termos reais, no acumulado até junho, a receita líquida registrou aumento de 8,5% (+R$ 83,2 bilhões), enquanto a despesa cresceu 10,5% (+R$ 107,3 bilhões).

Segundo a Fazenda, o aumento das despesas no primeiro semestre do ano ocorreu, principalmente, em razão da elevação dos pagamentos de benefícios previdencia?rios, de R$ 40 bilhões, explicada especialmente pela diferença nos calenda?rios de pagamentos do 13º sala?rio da Previde?ncia Social, além do aumento do nu?mero de beneficia?rios e da política de valorização do sala?rio-mínimo.

Outras contribuições importantes foram os crescimentos nas despesas discriciona?rias, de R$ 20,2 bilhões, e obrigatórias com Controle de Fluxo, de R$ 9,9 bilhões e nos pagamentos do BPC, de R$ 8 bilhões e de Créditos Extraordina?rios de R$ 7,5 bilhões, direcionados ao enfrentamento à calamidade pu?blica no Rio Grande do Sul.