Os 1,7 milhão de clientes atendidos pela EDP, distribuidora de energia elétrica do Espírito Santo, terão uma redução da tarifa de energia com um efeito médio de 2,96% a ser percebido.
O novo índice, que diminuirá a conta de energia de todos os consumidores, foi aprovado nesta terça-feira (06) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), divulgou a EDP.
Para os clientes atendidos em alta tensão, como indústrias e grandes varejistas, foi anunciada, de acordo com a distribuidora, uma redução de 6,05%.
Já para as os consumidores atendidos em baixa tensão, como pequenos comércios e residências, a tarifa terá diminuição de 1,82%. O novo valor passa a vigorar a partir desta quarta-feira (07).
O índice do reajuste das tarifas da EDP, alega a distribuidora, é menor que a média dos percentuais já realizados em outras concessionárias do Brasil neste ano, que até o momento é de +1,58%.
Além disso, está menor que os indicadores inflacionários do período (IGP-M +3,58% e IPCA +4,32%).
A contribuição para o índice negativo de reajuste, segundo a EDP, ficou a cargo da redução dos custos com transmissão (-1,16%), encargos setoriais (-2,03%) e componentes financeiros negativos (-1,60%), reflexo do crescimento de mercado de +12% em relação ao ano anterior.
Na prática, com o reajuste, uma família que costumava a pagar uma conta de R$ 100, passará a pagar R$ 98,28, sendo que deste novo valor de uma fatura mensal, R$ 24,52 serão destinados à EDP, para a cobertura dos custos com operação, manutenção e investimentos na rede de distribuição de energia elétrica.
Outros R$?38,42 serão destinados ao pagamento das despesas com geração e transmissão da energia, enquanto os R$?35,34 restantes representam encargos setoriais, impostos e tributos.
A redução da tarifa de energia e os investimentos realizados pela EDP, reforça a eficiência na operação e qualidade do serviço prestado, afirma a distribuidora. Desde 2020, a companhia assegura que está realizando um investimento recorde de aproximadamente R$ 4 bilhões no Espírito Santo.
No montante estão obras de melhorias e expansão da rede elétrica, além de novas subestações para garantir maior confiabilidade e segurança para os mais de 1,7 milhão de clientes atendidos.
?O fornecimento de energia elétrica é essencial e fundamental para o desenvolvimento econômico e social das cidades. A redução da tarifa de energia para todos os clientes do Espírito Santo confirma a capacidade e eficiência da EDP, que segue realizando investimentos e oferecendo uma rede de distribuição segura e confiável, com alta qualidade do serviço prestado?, declara o vice-presidente da Distribuição da companhia, Dyogenes Rosi.
Somente no último ano, informa o executivo, foram inauguradas cinco novas subestações, sendo elas: Subestação Caldeirão, na Região Central-Serrana; Subestação Nova Zelândia e Nova Almeida, ambas na Serra; Subestação Jerônimo Monteiro, no Sul; Subestação Palmito, em Jaguaré, na região Norte.
A EDP segue com investimentos em 2024, fundamentais para acompanhar o desenvolvimento econômico e social das cidades.
Estão previstas, anuncia a empresa, a construção e ampliação de subestações, o incremento de 79 km de linha de distribuição, acréscimo de 205 MVA de potência instalada e 18 novos alimentadores.
A previsão total de recursos destinados para estas obras é de R$ 117 milhões.
Dentro do montante direcionado para a distribuição, a EDP também realizou esforços na redução de perdas, como o combate ao furto de energia; investimento em digitalização e atendimento ao cliente.
As equipes que atuam nas ocorrências em campo também contam com uma gestão 100% online e as podas são realizadas com robotização, com o intuito de reduzir os custos e mitigar riscos à segurança da força de trabalho.
O aporte contínuo trouxe resultados importantes, como a redução dos índices referentes à duração das interrupções (DEC) e a frequência das interrupções de energia (FEC), colocando a EDP no topo das melhores distribuidoras do Brasil. Em 2023, o tempo que o cliente é impactado até a normalização do serviço foi 7,26 horas, enquanto a quantidade de vezes foi 3,12. E, neste ano, os índices seguem em queda.
Entenda como é composta a tarifa
A tarifa de energia é composta de custos da geração, transmissão e distribuição de energia, além de encargos e tributos.
Quando a conta chega, o consumidor paga pela compra da energia (custos das empresas geradoras), pelo transporte (custos das empresas de transmissão de energia), pela distribuição (parte que cabe à EDP) e pelos encargos setoriais e tributos.
Portanto, do valor da fatura mensal de energia paga pelo consumidor:
- 39,1% se referem a custos dos segmentos de geração e transmissão de energia;
- 36% se referem a tributos e encargos setoriais;
- 24,9% são os custos com a distribuição de energia, ou seja, aqueles necessários para levar a energia elétrica até a sua unidade consumidora (parte destinada à EDP).