Uma das marcas mais tradicionais de Cachoeiro de Itapemirim, com 82 anos de história, o Café Campeão conclui em três meses o processo de transição de seu parque industrial.
Para a antiga sede da empresa, onde funciona desde 1977, há planos para a instalação de um novo empreendimento, envolto de expectativas. Os responsáveis, no entanto, alegam só poder divulgar detalhes em breve.
As informações são do gestor Giovani Lima. Ele e o irmão, Guilherme, que cresceram em meio a sacas de café no pátio da indústria na Avenida Jones dos Santos Neves, representam a 4ª geração da família à frente da famosa marca cachoeirense.
O novo centro de distribuição do Café Campeão em Cachoeiro fica na Avenida Mauro Miranda Madureira (popularmente conhecida como Rodovia do Valão). Há estrutura também em Domingos Martins, onde se concentram os setores de compra, classificação e parte da produção de cafés especiais.
O grosso da industrialização (torrefação, moagem), incluindo cafés especiais, ainda continua na antiga sede por esse período, até a conclusão da transferência para o parque produtivo na Mauro Miranda Madureira.
Segundo Giovani, trata-se de processo natural, benéfico, motivado pelo crescimento da cidade. ?Com sua expansão, a indústria abre espaço para novos empreendimentos?, observa.
Parte do terreno na Jones dos Santos Neves foi vendida para um grupo de investidores e outra parte ficou com a família, revela Giovani Lima.
Fundado por seu bisavô Délio Moreira Lima, em 1941, o Café Campeão começou no coração de Cachoeiro, próximo à Praça Jerônimo Monteiro. Depois, funcionou na Rua 25 de Março até ir para a imponente sede da Avenida Jones dos Santos Neves, em 1977, conduzida pelo avô José Guilherme Lima, quando a região ainda era praticamente desabitada.
José Guilherme logo contaria com a ajuda do filho, Roney Brasil Lima, que agora transfere o negócio aos filhos Giovani e Guilherme, preparados desde criança para manter a tradição.
?A origem do Café Campeão é aqui, queremos mantê-lo aqui no Sul do Estado?, concluem os irmãos Lima.
por Marcos Leão