Em entrevista exclusiva ao Jornal Espírito Santo de Fato, o CEO do Porto Central José Maria Novaes detalhou o processo de construção do complexo, que sofreu alguns atrasos em 2020, devido à pandemia covid-19.

Ele conta que desde o início de março já eram feitas as negociações com diversas empresas e escritórios internacionais interessados em operar no litoral capixaba. Porém devido às intercorrências do coronavírus, esse processo foi adiado, o que atrasou um pouco as demais ações.

De acordo ainda com Novaes, as negociações recomeçaram, de forma remota, e os entendimentos continuam avançando com os passos necessários ao início das obras.

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O COMPLEXO

O Porto Central é um complexo industrial portuário privado multi-propósito desenvolvido no modelo de condomínio portuário, no qual os empreendedores são responsáveis pela construção, manutenção e administração da infraestrutura portuária, terrestre e de utilidades, e os clientes do Porto Central arrendam áreas para a implantação de suas respectivas indústrias e terminais.

RETOMADA

O CEO do Porto Central anunciou também durante a entrevista, que estão sendo desenvolvidos diversos projetos ambientais, são as condicionantes exigidas para a liberação de toda a documentação necessária ao funcionamento de todo o complexo.

Entre os projetos, estão a criação de um viveiro, que será apresentado à sociedade em breve e um centro veterinário para dar suporte as espécies nativas. Existem também as campanhas socioambientais que foram suspensas devido a pandemia, mais que irão retornar possibilitando o início das obras no final de 2020 e início de 2021, segundo José Maria Novaes.

Outra grande conquista para região sul do estado é a chegada da ferrovia norte-sul empreendimento que a vale está desenvolvendo e que passa pelo Porto Central e segue em direção ao Rio de Janeiro. "É importante que toda região se prepare para esse momento, pois será uma grande alavanca de desenvolvimento para todos sul do Espírito Santo", avalia o CEO do Porto Central.

Com investimento de aproximadamente R$3 bilhões na primeira fase, o empreendimento atraiu o olhar de grandes multinacionais: duas delas já manifestaram interesse em construir suas bases em Presidente Kennedy, litoral sul do estado, e Aracruz, litoral norte do Espírito Santo.

Para a José Maria Novaes, tratam-se de investimentos se suma importância para toda região, pois serão refinarias que irão vender lubrificantes e combustíveis. O funcionamento dessas refinarias já está previsto no projeto do Porto: "O Brasil tem importado muita gasolina e óleo diesel nos últimos anos por isso implantação destas refinarias verticais só vem acrescentar dinamismo ao manufaturamento do petróleo em toda a costa capixaba", detalha.

COMPROMISSO

"Sabemos que o empreendimento desta magnitude gera muitas incertezas e dúvidas na população. Só tenho a agradecer o apoio a todos os municípios do sul, das comunidades, e em especial a Cachoeiro; mesmo com a lentidão do processo, estamos dando passos sólidos. Acreditamos na evolução de toda a cadeia do gás também porque estão juntos o petróleo e gás no Espírito Santo" diz José Maria Novaes.