O escritor Marcelo Grillo irá lançar, durante a Sétima Bienal Rubem Braga, o romance ?Veios de Sangue Mármore Branco?, pela Editora Cachoeiro Cult. O lançamento será no dia 19 de maio, sábado, às 11h00, no espaço da Academia Cachoeirense de Letras. O evento ocorre na Praça de Fátima, de 15 a 20 de maio, em Cachoeiro de Itapemirim. A entrada é gratuita.
?Veios de sangue em mármore branco? é o décimo livro do autor e selecionado pela Bolsa Funarte de Criação Literária 2010/Minc, na época como título de ?A Proposta?, prêmio que o autor recebeu após concorrer com aproximadamente outros 1,5 mil escritores de todo o país. Em 2015, foi contemplado na Lei Rubem Braga de Cachoeiro de Itapemirim para publicar o livro.
Marcelo aborda em sua obra questões que estão presentes no dia a dia das pessoas. ?Amor, desamor, inveja, ódio, rancor, rejeição, amizade, paixão, traição, política, ambição, sede de poder e dinheiro são temas universais com os quais convivemos diariamente?, ressalta.
Fernando Gomes, que escreve o prefácio, observa que a obra é narrada com vigor temático aliado ao rigor técnico, que faz com que os leitores avancem na história sem a certeza do que se revelará em seu final.
?Senhor dos meandros e das cordas com que manejou os seus personagens e o tema em todo o curso do romance, Marcelo Grillo encontra o fecho surpreendente, fruto de uma engenhosidade própria de quem sabe o que escreveu, desde a primeira linha de sua obra?.
Ainda esse ano, Marcelo Grillo lança também pela Editora Cachoeiro Cult a obra ?Rochas do Espírito Santo: 60 anos fazendo história?, em coautoria com Claudia Sabadini e Fernando Gomes, projeto este do Sindirochas.
Seu livro ?Marraia? (Cachoeiro Cult, 2007), com direção do renomado cineasta cachoeirense Diego Scarparo e roteiro de Jovany Sales Rey, é transformado em filme, após ser premiado em edital da Secult/ES.
Sinopse
?Veios de sangue em mármore branco? é inspirado no dramático episódio real que, em parte ficcionalizado, teria desencadeado a exploração das jazidas de mármore de Cachoeiro de Itapemirim e a posterior transformação desse município capixaba no maior polo industrial de beneficiamento e exportação de rochas ornamentais do Brasil. Ambientada em três tempos diferentes (a segunda metade da década de 1950 e os anos de 1964 e 1995), a maior parte da ação transcorre na fictícia e isolada Fazenda Jacarandá. Os personagens centrais são o advogado Luca, sua mãe Martina e os dois homens que podem ser o pai de Luca, o fazendeiro Marco Brancalli e o empresário Andrea Moroni. Todos descendem dos imigrantes italianos que colonizaram a região. Mas há também a misteriosa empregada Antília dos Santos.
O romance narra a história real de um homem do interior que não podia ser pai e, para salvar da morte a esposa que amava, se sacrificou arriscando sua honra perante uma sociedade machista. Ao mesmo tempo, reconstitui um episódio da época em que a falta de tecnologia levava as pessoas a tomarem atitudes hoje impensadas e desnecessárias, além de traçar um painel do pensamento e da religiosidade de uma família cristã de origem italiana nos idos da década de 1950.