Tolerância Máxima - Jornal Fato
Colunistas

Tolerância Máxima


Não é novidade para ninguém de que sou evangélica. Espero que minhas atitudes e postura reflitam o meu compromisso com o Cristo vivo. Isso sempre foi fundamental para mim.

 

E nunca fui adepta da religiosidade fácil, cheia de pompa, circunstância e discursos hipócritas, sem nenhum compromisso e comprometimento com o próximo.

 

Não faço acepção de pessoas pela fé que professam por entender que ser evangélico não é passaporte para o céu. Muito pelo contrário, em algumas circunstâncias que não cabe citar, creio que evangélicos, inclusive os ditos líderes religiosos, são grandes pedras de tropeço à decisão de seguir a Cristo.

 

A minha oração sempre é dirigida à Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Aprendi que não há mediador entre Deus e os homens, a não ser Jesus Cristo. Essa é a fé que professo. É nisso que acredito.

 

Mas a minha fé não pode ser motivo para que eu desrespeite a de quem quer que seja, principalmente pelos exemplos de integridade e honradez em tempo integral que já demonstraram. São pessoas íntegras e pronto.

 

Cito de forma especial três pessoas católicas, que têm devoção em Santas, de caráter irrepreensível , com quem já trabalhei e  aprendi sobre generosidade, desprendimento, e altruísmo.

 

Fátima Perim, Márcia Fonseca e Bianca Faccini Alóquio. E essa citação é não autorizada, diga-se de passagem. Trabalhei com as três durante longos anos e nunca vi nada que desabonasse a conduta de nenhuma delas.

 

O fato de professarem uma fé diferente da minha não impediu que compartilhássemos experiências, que falássemos do valor da oração e que nos respeitássemos. Somos amigas mais chegadas que irmãs, não tenho dúvidas.

 

E para mim isso é muita coisa.  Os meus esforços sempre foram para construir relacionamentos sólidos, independente do credo religioso dos meus amigos. Meu desejo é que sejam edificados pelo cristianismo que liberta, alimenta e nos torna melhores, numa sociedade que valoriza o jeitinho, a esperteza nociva e o individualismo.

 

Cansei dos que se autodenominam evangélicos, especialmente os políticos que usam e abusam da crença dos fieis para fazerem interpretações da bíblia, para insuflar o preconceito e discriminação, enfim, para promover acepção de pessoas, que é uma das coisas que a Bíblia condena.

 

São os mesmos que, no exercício da vida pública, que devia ser acima de qualquer suspeita, deixam um rastro de aparência do mal. E se vazarem discursos, fotos e vídeos, serão flagrados com a segunda e terceira família, com garotas de programa, orando para agradecer a propina recebida e sendo beneficiado por dinheiro de corrupção. Para esses hipócritas, a minha tolerância é zero.  Mais exemplos e menos discurso, por favor.


Comentários