...na sua plenitude, na sua amplitude, na sua complexidade...

 

Ser ou não ser mulher, eis a questão!

 

O que seria ser mulher hoje, neste mundo de diversos valores, de infinitas dores e alegrias, de profundas reflexões...

 

Ser ou não ser mulher neste mundo onde o seu SER está sem saber o que é ser de verdade, porque da sua essência pouco se sabe, porque da sua personalidade pouco se conhece...

 

Talvez por deixar bem claro seu querer e seu não querer em busca de uma constante construção de sua própria identidade o SER ou não SER MULHER, carregue hoje profunda indagação, perplexidade e incompreensão!

 

Mas tem aqueles e aquelas que vão dizer que se trata de uma crise profunda de identidade, outros e outras que se trata de perda de referencial. Mas pode ser que seja simplesmente a concretização e a revelação de um SER que está desde sempre em construção... Construção de si mesma, construção de seus sonhos, construção de sua vida, construção e afirmação de sua própria personalidade e direitos conquistados.

 

Mas tem também aqueles e aquelas que, se aproveitando dessa avalanche de pessoa a utilize como coisa, objeto de sua apreciação.

 

Teria que ser igual, teria que ficar na caixa construída desde os primórdios, onde seu lugar, seu jeito de ser já estariam definidos e determinados por alguém?

 

Deveria acatar os sonhos alheios, viver a vida de terceiros sem poder expressar seus desejos e a vontade de ser quem é de verdade? MULHER!

 

Mulher sim! Um pouco confusa, desnorteada as vezes, sem destino, sem muita opção, constrói seu destino, sofrendo as consequências do caminho que escolheu trilhar, sofrendo as marcas de seus posicionamentos, de sua maneira de pensar.

 

Mulher, que usada, abusada, violentada, contida, destemida, inconsequente, consciente, soberana e prepotente, caminha seu caminho sem querer pedir aos outros "conselhos de amiga" porque quer viver segundo seus próprios valores.

 

Se está certa ou errada, quem poderá dizer? Porque nesta vida SER Mulher é tão desafiante, conflitante e tão impressionante que fugir a regra determinada por uma cultura imposta pela sociedade, é coisa de quem não sabe viver...

 

Quem sabe um dia, esse SER HUMANO chamado MULHER, não tenha sobre si outro olhar e, com mais atitudes de respeito e de dignidade, caminhe cada passo seu para viver sua essência de MULHER...

 

De corpo, de alma, de coração, um pouco descontrolada, invasiva e contida, ou seja, do jeito que quiser. E quem poderá dizer que ao construir sua própria identidade seja simplesmente desvio de caráter, de personalidade ou vulgaridade de antemão?

 

E assim, sobre o olhar de todos e todas, com infinitas visões e maneiras de pensar, SER MULHER hoje talvez seja o maior desafio que um ser humano poderia enfrentar. 

 

Porque suas escolhas tem essência. A sua essência! E não mais essência de ninguém.

 

 É, nesta longa jornada de afirmação feminina, as vezes indefinido ou não entendido por todos e talvez pela própria mulher, seu jeito de ser que ainda sequer sabe o quer, por muitas vezes assume as consequências do SEU EU vazio ou cheio, mas, mesmo assim, permanece firme construindo sua vida sua história e trajetória sem, as vezes, se importar no que vem, no que virá.

 

Que seja então, toda essa evolução, chamada de crise de identidade feminina ou simplesmente sua auto-afirmação... Não importa!

 

Seja lá o que for, MULHER será sempre MULHER um ser HUMANO em constante construção.

 

Valéria Martins Hoinhas Damartini

Advogada; Empresária - Executive Coach; Master Coach; Leader Coach; Analista de Perfil Comportamental; Analista de Competências Comportamentais e Analista em Inteligência Emocional; Coordenadora da Catequese de Iniciação à Vida Crista da Paróquia Nosso Senhor dos Passos e membro da equipe diocesana da Catequese de Iniciação à Vida Cristã, Diocese de Cachoeiro de Itapemirim-ES.