Julgamento e outras circunstâncias - Jornal Fato
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Julgamento e outras circunstâncias


A imprensa mostra que o presidente Temer anda rezando após os pronunciamentos públicos. Na última aparição lançou: "Está alguém entre vós triste, orai. Está alguém entre vós alegre, cantai louvores. Eu quero cantar louvores". Pois bem. O ministro Gilmar Mendes pautou para a próxima terça-feira o julgamento, no TSE, do processo que pede a cassação da chama Dilma-Temer. Claro que será um julgamento longo, inclusive com pedido de vistas e outras intercorrências. Mas a tese que prevalece no TSE é a chamada "preservação do país". O que é isso? A condenação apenas, por abuso de poder econômico, da ex-presidente Dilma, quebrando um entendimento do TSE de que a condenação, caso ocorresse, não permitiria a separação da chapa. Seria indivisível.  Em termos simples: condenando Dilma, Temer perderia o mandato. Aí, por consequência, teríamos uma eleição indireta pelo Congresso Nacional de um novo presidente até o fim do mandato. Claro que a situação não é tão simples assim, exatamente porque, caso aconteça a condenação, cabe recurso para outra instância, até mesmo para o Supremo Tribunal Federal.  Mas o que quero deixar bem claro é que o Palácio do Planalto está armado para evitar o desfecho negativo, e, entre pedidos de vista e outras situações de viagens de ministros, esse julgamento vai demorar muito, apesar de ter sido marcado para iniciar na terça-feira.  


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