Aberrações - Jornal Fato
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Aberrações


Algumas coisas são inexplicáveis. Aberrações mesmo. Pelo menos para mim. Uma delas é a postura da presidente do Partido da Mulher Brasileira (PMB). 

 

Aberração Número 01

 

O PMB, recém-fundado, tem 21 parlamentares filiados, sendo 19 homens. Um deles, senador pelo Distrito Federal, disse textualmente: "eu, como homem, tenho o prazer de estar neste partido, para lutar pelos direitos sociais de todas as pessoas que vivem nesta terra, principalmente as mulheres. O que seria de nós, homens, se não fosse uma mulher ao nosso lado, para nos trazer alegria e prazer?". Como assim excelência? Mas prossigamos com as aberrações e contradições no PMB.  

 

Aberração Número 2

 

Sua presidente nacional, é contra a discussão da violência contra a mulher nas escolas.  Mais uma vez, textualmente: "essa questão da violência contra mulher não pode ser, nesse momento, e em nenhum momento, discutida numa sala de aula com crianças de dez anos de idade.  Isso não existe." Sem comentários.

 

Aberração Número 3

 

É a favor do PL 5069/2013, de autoria do nefasto deputado Eduardo Cunha, que altera a forma de atendimento a mulheres vítimas de abuso sexual. Precisa dizer mais alguma coisa?

 

Aberração Número 4

 

A presidente diz que o Partido da Mulher Brasileira não é feminista, é feminino. Alguém precisa explicar para ela que feminismo não tem a ver com a negativa da feminilidade. 

 

Mais que isso, que feminismo não é luta das mulheres contra os homens. Feminismo é a luta por direitos iguais, cuja conquista passa pela Educação. Quando nossas crianças discutirem e ouvirem sobre a violência contra as mulheres, quem sabe teremos uma geração consciente de que todas merecem ser respeitadas. 

 

É a esperança de mudança nas estatísticas de violência e na realidade de um país que tem mais de 51% de eleitoras, mas ocupa a 120ª posição quando o tema é a presença de mulheres nos parlamentos, atrás inclusive de países islâmicos. 

 

Chega de estarmos sub-representadas como eleitoras, como lideranças, no setor privado e na academia. Basta!


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