A saga de Ferraço - Jornal Fato
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A saga de Ferraço


Tudo tem seu apogeu e seu declínio. É natural que seja assim. Todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge triunfante e bela. Novas folhas, novas flores, na infinita benção do recomeço

Chico Xavier

 

 

O deputado estadual Theodorico Ferraço pegou pela mão sua esposa, Norma Ayub, deputada federal, e esforça-se para reeleger a ambos, correligionários do DEM.

 

Há tempos não se via agenda tão intensa de Ferração. Faz lembrar os tempos em que coadministrava Itapemirim, durante os oito anos em que a esposa foi prefeita.

 

Ontem, por exemplo, o casal esteve numa reunião na Câmara Municipal de Governador Lindemberg, região Noroeste do Estado. Bem longe de seu principal reduto, no Sul.

 

Os assuntos foram a tentativa de evitar a importação do café conilon e a implantação de um Hospital Referência em São Gabriel da Palha para atender toda a Região do Noroeste.

 

Norma não tem bagagem política para se conservar sozinha na seara política. Algo que Ferraço tem de sobra e vai precisar utilizar para manter a família no poder.

 

A deputada federal herdou a vaga do atual prefeito de Vila Velha, Max Filho (PSDB), que deixou a Câmara Federal para assumir a Prefeitura de Vila Velha, no primeiro dia deste ano.

 

Seu marido se empenha, depois de anos como governista, em agenda independente, que pende para a oposição ao governo do Espírito Santo, algo inédito desde que se fez deputado.

 

A eleição de 2018 promete ser difícil para a família. Norma foi, recentemente, derrotada de forma acachapante na disputa pelo terceiro mandato na Prefeitura de Itapemirim, mesmo com o apoio do marido.

 

Theodorico vem de sucessivas votações decrescentes em Cachoeiro, cidade que governou por quatro mandatos.

 

Como se não bastasse, haverá, ainda, nessa composição, a candidatura do filho de Ferração, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), à reeleição ou ao governo do Estado.

 

Embora Ricardo já tenha vida política autônoma, será também mais uma frente a atrair a preocupação do patriarca da família que atingiu nesta legislatura, talvez, o seu auge político, com senador, deputada federal e (agora ex) presidente da Assembleia.

 

Porém, apesar do evidente declínio de Theodorico, jamais se pode duvidar dele. É uma saga interessante a se acompanhar.

 

 

Sobe

 

Higner

 

O vereador Higner Mansur (PSB) votou por aprovar projeto que restituiu o transporte escolar para universitários que moram nos distritos. Concordou com a importância da matéria, mas discordou da não observação da tramitação. "Foi a primeira e última vez, pois é a falta da observação das regras que fez nosso país ficar do jeito que está", afirmou.

 

 

Desce

 

60 dias

 

Após 60 dias de gestão, já dá para fazer breve análise:o prefeito de Cachoeiro, Victor Coelho (PSB), iniciante na política, enfrenta dilemas de início de governo que carecem de rápida decisão para não se tornarem problemas grandes demais. Secretário que atrasa, não adianta. Demorar a mexer quando foi necessário foi um dos problemas que enfrentou seu antecessor. A nova política não pode cometer os mesmos erros que a velha.

 

 

FOTO DO DIA. A Câmara de Cachoeiro atendeu ao pedido de urgência a autorizou a Prefeitura a arcar com os custos do transporte de universitários que moram nos distritos e precisam se deslocar para a sede de

 

 

Mas, hein?!

 

Sem a apreensão de animais pelo Centro de Zoonoses, o bicho anda solto em CachoeiroCachoeiro. Foi na sessão de quinta-feira

 

 

Vias de FATO

 

O vereador Brás Zagoto (SDD) tem constatado o crescente número de animais abandonados em Cachoeiro. Sente falta do atendimento mais profícuo do Centro de Zoonoses.

 

Ecos do carnaval: depois dos dias de momo sem dinheiro público, o vereador Delandi Macedo já acredita que a Festa de Cachoeiro pode seguir os mesmos moldes.

 

Para o vereador AlexsonCipryano, Cachoeiro precisa pensar em áreas para a expansão industrial e novos conjuntos habitacionais, pois o crescimento acontece desordenada mente.

 

Única vereadora, Renata Fiório acredita que com 100 dias será possível delinear como será a gestão nos próximos 4 anos. Ela espera que o governo tenha êxito. Se for assim, em 38 dias, saberá.

 

A preocupação é geral entre os vereadores: a Cachoeiro Stone Fair corre sério risco de não ser realizada neste ano.

 

Como a coluna já alertava anteontem, a Vitória Stone Fair foi remarcada para mesma época e tende a inviabilizar a edição cachoeirense.


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