A herança de Teté - Jornal Fato
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A herança de Teté


Herdei muitas semelhanças da minha saudosa vovó Teté, umas delas é gargalhar. Amo dar gargalhadas, principalmente de mim mesma. Verdade!  Geralmente elas vêm à noite ou quando estou com minhas amadas irmãs e mamãe. É comum também elas virem à noite. Eu e Teté tínhamos uma sinergia incrível, aquela de transmissão de pensamento e de alma. Quando nos olhávamos podíamos sentir intimamente sem sequer dizer uma palavra o que os nossos corações ansiavam.

 

Hoje, quando subitamente tenho meus ataques de gargalhada, Celso me diz:  vovó Teté está por aqui. E está mesmo, sempre! E como é bom sorrir, extravasar, gargalhar. Devemos sempre buscar um bom motivo para transformar as angústias em sorrisos.  Me parece que levar a vida assim entremeando a seriedade e responsabilidade, cuidando da construção da nossa imagem é uma agradável e leve maneira de tocar a vida, sem que ela nos conduza, mas impondo os limites e desafios.

 

E por falar em desafios, neste momento ímpar da vida, como Governadora Eleita do Rotary, confesso que há situações de extrema ansiedade frente a um turbilhão de tarefas inerentes ao cargo. Como uma autêntica escorpiana, quase perfeccionista, elas ficam ainda maiores. Aliar as demandas deste importante serviço voluntário às competências de mãe, esposa e trabalhadora, deixam -me apreensiva por que esta função nos desafia a todo momento a liderar líderes. Diria que é uma audácia!

 

Mas com uma pessoa de muita sorte nesta vida, tenho ao meu lado amigos queridos, voluntários que estão oferecendo suporte extraordinário. Por isso, mesmo nos lapsos de temor, caio na gargalhada. Rio de mim mesma, sim, por ter e praticar a minha fé e por ter amigos que estão de mãos dadas comigo. Sinto que há sempre presente uma força estranha que me leva a gargalhar! Talvez seja Teté!

 


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