Divino de São Lourenço: Menor cidade do ES, mas grandiosa em outros fatores

Com 5.083, Divino de São Lourenço se estende por 174,039 km² e é considerado o lar do Parque Nacional de Caparaó.

30/06/2023 16:50
Divino de São Lourenço: Menor cidade do ES, mas grandiosa em outros fatores /Foto: Arquivo/ Prefeitura de Divino de São Lourenço.

Sabe aquela expressão popular ?tamanho não é documento?? Pois bem, se aplica perfeitamente ao município de Divino de São Lourenço. Segundo dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE esta semana, com 5.083, a cidade localizada aos pés do Pico da Bandeira continua sendo a menor do Espírito Santo em número de habitantes. Porém, os habitantes, que se chamam são-lourencenses, dão um show quando o assunto é hospitalidade, preservação do meio ambiente e turismo.

Considerado o lar do Parque Nacional de Caparaó, o município se estende por 174,039 km² e contava com 4 516 habitantes no último censo, em 2010. Ou seja, apresenta crescimento nos últimos 12 anos. A densidade demográfica é de 29,21 habitantes por quilômetro quadrado no território do município. Divino de São Lourenço é vizinho dos municípios de Ibitirama, Guaçuí e Dores do Rio Preto.

Com uma natureza rica em diversidade de espécies e cercada por inúmeras cachoeiras de águas límpidas e cristalinas, Divino de São Lourenço tem a maior reserva de mata atlântica dentre os municípios que formam a região do Caparaó. Mesmo tão pequena, a cidade atrai diariamente turistas de várias partes do país e do mundo. Um dos destaques é o pacato vilarejo chamado Patrimônio da Penha, onde a cultura hippie se sobressai.

Depois de Divino de São Lourenço, os municípios capixabas com menos habitantes são Mucurici (5.466), Ponto Belo (6.497), Dores do Rio Preto (6.596) e Apiacá (7.223).

 

História

Habitada inicialmente por índios puris, a região foi ocupada no século XIX por desbravadores vindos da Província de Minas Gerais, que implantaram a cultura do café na região. Inicialmente, a mão de obra utilizada foi a escrava. Com a abolição da escravatura em 1888, a mão de obra passou a ser constituída por trabalhadores europeus e asiáticos, principalmente italianos.

O nome inicial da vila, formada por doação de terras de João Vicente Soares para a Igreja Católica, era Imbuí, termo de origem tupi antiga que significa "rio das cobras" ou "rio dos imbus". A vila, junto com Ibitirama, Ibatiba, Iúna e Irupi, formava as cinco localidades começando com "i" da região. Em 5 de junho de 1964, foi criado o município de Divino de São Lourenço. O nome é uma junção de "Divino Espírito Santo" (expressão que constava na escritura das terras que formaram a cidade) e "São Lourenço", o padroeiro da cidade.