As recentes chuvas que assolaram o sul do estado do Espírito Santo, sobretudo na noite de sexta e madrugada de sábado, trouxeram consigo um cenário de devastação. O número de óbitos confirmados não para de crescer. De acordo com dados da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec), publicados no dinal da tarde deste domingo (24) o total de mortos confirmados até o momento subiu para 17, com 15 vítimas em Mimoso do Sul e 2 em Apiacá.
As equipes de resgate e assistência continuam em operação nas áreas afetadas, intensificando os esforços para mitigar os impactos das enchentes que resultaram nessa triste estatística. A situação é especialmente grave em Mimoso do Sul, onde o número de vítimas fatais é mais expressivo.
Além dos óbitos, milhares de pessoas foram atingidas pelos desastres, com um significativo número de desalojados e desabrigados. Os dados levantados mostram a magnitude do desafio enfrentado pelas autoridades locais na gestão dessa crise:
Vargem Alta: Cerca de 1000 pessoas foram desalojadas, algumas delas abrigadas na Escola Presidente Lubecke.
Mimoso do Sul: O município registra um total de 12 desabrigados e 15 mortos, com a Igreja Assembleia de Deus, Santa Cruz da Serra, servindo como abrigo para os desalojados.
Guaçuí: Cerca de 200 pessoas foram afetadas pelo desastre.
Bom Jesus do Norte: Um dos municípios mais afetados, com aproximadamente 3000 desalojados e 64 desabrigados. As instalações da Creche Tia Fátima e da Escola Municipal São Sebastião foram transformadas em abrigos temporários.
Apiacá: Com um número considerável de desabrigados, chegando a 1000 pessoas, e 179 desabrigados. Além dos dois óbitos confirmados, a Escola Maria de Lourdes Alves e a Igreja Santa Terezinha foram utilizadas como abrigos para os desalojados.
No total, estima-se que mais de 5200 pessoas tenham sido afetadas de alguma forma pelas chuvas, com 255 desabrigados além dos 17 óbitos confirmados.
À medida que as operações de resgate e reconstrução prosseguem, a solidariedade e a mobilização comunitária se tornam essenciais para ajudar aqueles que perderam suas casas, entes queridos e meios de subsistência. A reconstrução das áreas afetadas exigirá um esforço conjunto e prolongado, mas com a determinação e o apoio necessários, a comunidade poderá se recuperar desses tempos difíceis e reconstruir suas vidas.