Liminar determina fim de greve em Vargem Alta

Presidente do sindicato não foi notificada, mas já prepara recurso. Segundo ela, prefeitura mentiu na ação judicial

20/10/2017 00:00
Liminar determina fim de greve em Vargem Alta

Professores fizeram manifestação durante o dia - cartazes pediam melhores condições de trabalho 

 

A Prefeitura de Vargem Alta conseguiu ontem liminar que declara ilegal a greve dos servidores deflagrada no mesmo dia. A decisão foi tomada pelo desembargador substituto Délio José da Rocha sobrinho, que determinou o imediato retorno dos funcionários ás atividades sob ameaça de multa de R$ 2 mil diários, em caso de desobediência.

 

A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Vargem Alta (Sindiva), Penha Chiesa, disse à reportagem que não foi notificada da decisão e que enquanto isso não acontecer, a paralisação continua. Ela também pretende recorrer ao Tribunal de Justiça para derrubar a liminar, pois entende que o despacho do desembargador se baseou em mentiras apresentadas pela Prefeitura.

 

A Prefeitura alega que negociava com o sindicato e que a paralisação na Educação foi total, o que o desembargador considerou inconstitucional. Entretanto, Penha alega que tem como comprovar que a Prefeitura jamais abriu negociação e que apenas tentou protelar, enviando à reunião do último dia 17 pessoas sem autonomia decisória.

 

Além disso, afirma que o movimento paredista respeitou o percentual de funcionamento nos setores essenciais, inclusive com funcionamento de algumas escolas e do transporte escolar.

 

A Educação foi o setor mais atingido pela greve. Houve manifestações em frente a Secretaria ontem. O objetivo, é pressionar o prefeito João Altoé (PSDB) a negociar com os trabalhadores, que pedem reajuste que desde 2011 não lhes é concedido.

 

Por meio de nota, a administração da prefeitura informou que sempre esteve aberta ao diálogo com a categoria, mas diz que o município vive realidade econômica difícil, o que impede o reajuste.