Imagine acordar de madrugada com o cachorro latindo em sua residência em plena cidade e se deparar com uma ?enorme? cobra. Foi o que aconteceu com a professora cachoeirense Cinthia Aparecida Meireles Garcia, surpreendida na manhã desta sexta-feira (12) por uma jiboia na varanda, no bairro Caiçara.
De acordo com Cinthia, por volta das 4h, ela e o marido foram acordados com os latidos persistentes do cão da família. Ao verificar, se depararam com a cobra. Após o susto, a professora relata que teve início ?uma peregrinação em busca de alguém? para resgatar a cobra de sua casa. Primeiro, ligou para o 190, que caiu em Vitória, e a orientaram a entrar em contato com a Prefeitura. Mas, pelo horário, isso não seria possível.
Diante da dificuldade de conseguir equipe capacitada para a tarefa, a complicada missão teve que ser cumprida pela marido de Cinthia. Com a ajuda de um corajoso vizinho, ele conseguiu colocar a cobra em um saco. Somente às 7h30 a Polícia Militar apareceu e retirou a jiboia.
Para a professora, a maior surpresa foi o fato de a varanda ficar no segundo andar e não haver uma árvore tão colada à residência.
?Tem um pé de cajá, atrás da casa, mas é um ambiente limpo. Acredito que ela (a cobra) veio pela rua. Eu e meu marido achamos que era alguém tentando entrar em nossa residência, mas ao acender a luz nos deparamos com essa jiboia enorme?, revela Cinthia.
Jiboia
A jiboia é a segunda maior espécie de serpente do território nacional, segundo o site Brasil Escola, ficando atrás apenas da sucuri. Ela é encontrada em grande parte do país, inclusive, sendo permitida sua comercialização como "animal de estimação" mediante registro e autorização do Ibama.
Apesar do tamanho, é considerada inofensiva aos seres humanos, já que não é peçonhenta (venenosa). Para abater suas presas, preferencialmente mamíferos roedores de pequeno porte, utiliza sua musculatura e os asfixia.
Trata-se de cobra mais ativa durante a noite. Entretanto, pode ser observada durante o dia em busca de local para abrigo. As jiboias são encontradas tanto no solo quanto sobre as árvores, apresentando, portanto, hábitos terrestres e semiarborícolas.